Virgílio propõe que ministro da Justiça esclareça em Plenário a quebra de sigilo do caseiro
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), apresentou nesta segunda-feira (3) requerimento de convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que este diga no Plenário do Senado o que sabe sobre a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O senador ressaltou que a imprensa tem divulgado informações sobre a participação de dois assessores do ministro em reuniões com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, durante as quais teria sido pedida a investigação de Francenildo pela Polícia Federal.
- Não estou dizendo que ele é culpado, por isso não estou propondo que ele seja convocado para falar na CPI dos Bingos, porque não acho que deva ser tratado como réu, mas ele tem explicações a dar olho no olho do Brasil - afirmou Virgílio.
Segundo osenador, é preciso esclarecer se houve omissão de Thomaz Bastos ou do presidente Luiz Inácio Lula da Silvano episódio do sigilo, que Arthur Virgílio disse considerar mais grave do que o "mensalão".
O parlamentar amazonense mostrou-se preocupado com o que chamou de "quadro de falência moral" e alertou para a gestão da nova presidente da Caixa Econômica Federal, onde o sigilo do caseiro foi quebrado. O líder do PSDB levantou a suspeita de que ela possa ser apenas "pau mandado" do ex-presidente Jorge Mattoso, responsável pela emissão ilegal do extrato da conta de Francenildo, supostamente a mando de Palocci.
As críticas do parlamentar do PSDB estenderam-se ao ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, que elogiou a serenidade de Lula de um modo que soou a Arthur Virgílio como antipático à democracia. Na mesma linha estariam as declarações entusiasmadas do comandante do Exército, general Francisco de Albuquerque, sobre o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964.
03/04/2006
Agência Senado
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