Virgílio refuta críticas a projeto de Jereissati que aumenta Bolsa Família de bons alunos



Ao pedir a palavra pela ordem dos trabalhos, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disse ter estranhado declarações da líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC). De acordo com Arthur Virgílio, a senadora afirmou que o projeto do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que estabelece um pagamento a mais para beneficiários do bolsa família que se destacarem na escola, seria "crueldade com as crianças".

- É estimulando o estudo das crianças que o Japão se tornou a potência que é, a China se transformou no país de engenheiros que é, enquanto o Brasil ainda é o país dos bacharéis - afirmou o parlamentar.

O líder disse também estranhar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito que a ideia não é ruim, mas que não tem verbas no orçamento para incentivá-la.

- Mas tem orçamento para a Venezuela, para Cuba, para tanto desperdício, para 38 ministérios, para tanta gente que é nomeada para o aparelhamento da máquina - disse o senador.

Arthur Virgílio elogiou o Programa Bolsa Família e disse que a proposta de Tasso revela muita sensibilidade social, aperfeiçoando "uma boa ideia do presidente Lula".

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu que o dinheiro seja depositado em caderneta de poupança e dado ao aluno quando este concluir o segundo grau, como forma de reforçar também a permanência na escola.

O líder do PSDB também pediu a rápida aprovação, no Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300/08 - que cria um piso salarial para policiais civis e militares e também aos bombeiros -, caso ela seja aprovada nesta quarta-feira pela Câmara dos Deputados.

Manifestou ainda o apoio às lideranças de servidores públicos de Rondônia, que ocupavam as galerias, e ao ex-senador Expedito Júnior (PSDB-RO), que estava em Plenário. Eles querem o cumprimento da Emenda Constitucional aprovada a partir de PEC apresentada por Expedito, que transfere de volta à União os servidores federais do antigo território, a exemplo do que foi feito no Amapá e Roraima.

Arthur Virgílio disse que, passados quatro meses, o governo nada fez. Disse também que incumbirá o senador Mário Couto (PSDB-PA) de cobrar diariamente a execução da medida. Ao também pedir a palavra pela ordem, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) apoiou a reivindicação dos servidores de Rondônia.

Aposentados da Aerus

Também usando a palavra pela ordem dos trabalhos, o senador Paulo Paim (PT-RS) relatou ter recebido documento do Sindicato e da Federação Nacional dos Aeronautas pedindo que o Supremo Tribunal Federal decida a favor dos aposentados da Aerus. Comunicou ainda que o governo vai manter a política antidumping para o setor de calçados, visando minimizar a competição desleal de produtos importados, notadamente da China, com a produção brasileira. A decisão, informou, foi tomada em reunião no Gabinete da Casa Civil da Presidência da República, da qual participaram prefeitos, vereadores e deputados de todos os partidos, além de líderes sindicais.



03/03/2010

Agência Senado


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