Votação contribuiu para fim da greve, dizem senadores



A maioria dos senadores que discursou durante a votação do projeto sobre a gratificação dos servidores das universidades destacou a rapidez com que o Congresso votou a proposta. O relator do projeto, senador Romero Jucá (PSDB-RR), lembrou que a matéria chegou ao Congresso no último dia 23, recebendo aprovação na Câmara e no Senado em nove dias.

Senadores da oposição, no entanto, criticaram a morosidade com que o Ministério da Educação tratou a greve dos servidores das universidades.

A senadora Heloísa Helena (PT-AL) disse que "além de moroso, o ministro da Educação agiu com truculência". Para a senadora, o ministro empurrou todas as universidades para a greve por sua recusa em negociar.

A senadora Marina Silva (PT-SP) lembrou que durante todo o tempo o ministro da Educação tentou desqualificar o movimento e "quis se colocar como paladino do estudantes das universidades". Ela disse que o ministro Paulo Renato Souza não aplicou na prática o que recomenda o presidente da República "sobre a necessidade da tolerância".

Tião Viana (PT-AC), Geraldo Cândido (PT-RJ), Sebastião Rocha (PDT-AP), Emilia Fernandes (PT-RS) e Ademir Andrade (PSB-PA) também fizeram críticas à política do governo para o ensino superior.

Lúcio Alcântara (PSDB-CE) destacou o trabalho do governo federal na área do ensino fundamental, mas ressaltou que a União "deixa a desejar em relação às universidades". Carlos Bezerra (PMDB-MT) também lamentou que o governo não esteja dando o apoio necessário às universidades, estendendo sua observação ao tratamento que o Executivo vem dando ao funcionalismo, "que chega ao sétimo ano sem um aumento de salários".

31/10/2001

Agência Senado


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