Votação de requerimentos considerados polêmicos só acontecerão com quórum qualificado, avisa Efraim
Requerimentos considerados polêmicos, como o que pede a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, poderão ser votados na próxima reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, marcada para esta quarta-feira (3), a partir das 11h. A previsão é do presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB). Ele deixou claro, no entanto, em entrevista à imprensa, que somente colocará em votação os requerimentos caso todos os membros titulares da comissão estejam presentes, num total de 15 senadores.
- É necessário que cada membro da CPI exponha abertamente se é favorável ou não à quebra dos sigilos de Okamotto ou à convocação de novos depoentes, entre eles o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso - alertou o senador.
Mattoso é acusado de ser um dos principais responsáveis pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa - o Nildo -, que culminou com a demissão de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda.
A CPI dos Bingos já aprovou dois requerimentos solicitando a quebra dos sigilos de Okamotto, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu liminar impetrada pelo próprio Okamotto vetando que os sigilos do presidente do Sebrae fossem tornados públicos. Okamotto, que já depôs por duas vezes na CPI dos Bingos, afirmou, em seu primeiro depoimento, ter pagado do próprio bolso um empréstimo, no valor de R$ 29 mil, que Luiz Inácio Lula da Silva, antes de assumir a Presidência da República, havia contraído junto aos cofres do PT. Mas, em um segundo depoimento, negou a informação. Okamotto também é acusado de ter saldado dívidas de Lurian Cordeiro, filha de Lula.
02/05/2006
Agência Senado
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