WALDECK ORNELAS: "A BAHIA DÁ O EXEMPLO"



Ao comentar o debate sobre as razões do desequilíbrio fiscal do poder público, que dividiu recentemente as opiniões entre os que atribuíram aos estados a maior responsabilidade e os que a imputaram ao governo federal, o senador Waldeck Ornelas (PFL-BA) pediu hoje (dia 9) a transcrição, nos anais da Casa, de editorial do jornal O Estado de São Paulo, intitulado "A Bahia dá o exemplo".

Waldeck Ornelas cumprimentou o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, "arquiteto" da continuidade administrativa elogiada no editorial. "Feliz o governante", disse o senador, "que, ao final do seu governo, é nacionalmente reconhecido, dando seqüência a trabalho iniciado por ACM, de cuja equipe eu e Paulo Souto, atual governador, participamos".

Conforme o editorial, há dúvidas em relação às contas da maioria dos estados e sobre como seus governos utilizarão receitas decorrentes da privatização nesse ano. Mas não há dúvida alguma, leu o senador, "sobre aquele cujas finanças estão equilibradas há já um bom número de anos, porque ali prevalece a visão de longo prazo característica dos verdadeiros estadistas, que infelizmente vem faltando à maioria de nossos governos".

Ainda segundo o editorial do jornal, beneficiado e, ao mesmo tempo, apostando na continuidade administrativa, Paulo Souto usou parte dos recursos provenientes da privatização da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) na criação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos, que encaminha a solução do problema do peso dos funcionários aposentados nas folhas de pagamento das administrações estaduais.

Waldeck Ornelas salientou que os membros do conselho de administração do novo Fundo já foram empossados, reunindo representantes dos três Poderes e da Associação dos Funcionários Públicos da Bahia. Com a medida, os servidores terão garantia de recebimento de suas aposentadorias no futuro e "isso significará a redução, para 34% da renda arrecadada, dos gastos com os servidores, contra os 57% gastos atualmente numa folha de pessoal em que os inativos representam 23% - cerca de R$ 28,5 milhões por mês", citou o senador.

- A continuidade administrativa que o editorial proclama terá certamente mais quatro anos, como quer o povo baiano - assegurou o senador.



09/03/1998

Agência Senado


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