Wellington Dias diz haver dúvida sobre criação de contribuição para a saúde
Apesar de apoiar o apelo dos governadores do Nordeste por reforço no financiamento da saúde pública, o senador Wellington Dias (PT-PI) disse, nesta terça-feira (22), ainda não estar certo de que essa verba extra virá de uma nova contribuição específica para saúde. Segundo informou, essa definição dependerá das conclusões de um grupo de trabalho destacado pela presidente da República, Dilma Rousseff, para analisar problemas na gestão, no direcionamento das ações e no financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
- É preciso ver se o que falta é dinheiro que a União pode bancar com a receita que já tem ou se há necessidade de uma complementação - comentou.
Wellington Dias chegou a admitir que novas fontes de receita pública, como a oriunda do pré-sal, poderão ser suficientes para cobrir a carência de verbas do SUS, tornando desnecessária, assim, a criação de um novo tributo.
- Eu sou defensor de quanto menos impostos, melhor. Mas não podemos esquecer que o país tem modelo que atende ao mais rico e ao mais pobre no SUS. É o sistema que tem a maior população atendida pela área pública - ponderou.
Fórum
O pedido de reforço orçamentário na saúde foi feito diretamente à presidente Dilma, nesta segunda-feira (21), durante o 12º Fórum de Governadores do Nordeste, realizado em Sergipe. Ex-governador do Piauí, Wellington Dias levou ao evento a proposta de recriação de uma Subcomissão Temporária de Desenvolvimento do Nordeste dentro da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).
- A ideia é atuar junto com a coordenação da bancada nordestina na Câmara, com o fórum de governadores e com o fórum de empresários para acelerar a votação de projetos e colocar fontes de recursos no PPA e no Orçamento - explicou o parlamentar.
Aviação regional, marco regulatório da mineração, pré-sal, reforma tributária são alguns dos temas já estabelecidos para a pauta de trabalho dessa subcomissão. De acordo com Wellington Dias, o desafio é fazer com que o Nordeste, "que ainda é uma região mais atrasada do que outras do Brasil", cresça mais do que crescem as regiões mais desenvolvidas do país.
- Essa foi a meta pactuada com a presidente Dilma - finalizou.
22/02/2011
Agência Senado
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