Wilson Santiago destaca 'postura independente' do JB
Ao abrir a sessão especial em homenagem aos 120 anos do Jornal do Brasil (JB), nesta segunda-feira (16), o senador Wilson Santiago (PMDB-PB) disse que a credibilidade do periódico deriva de um "capital imaterial" que ele soube consolidar ao longo de sua história, baseado em postura independente, liberal e crítica.
O parlamentar observou que "nem só de sucesso tem vivido o mais que centenário periódico". Acrescentou que várias crises econômicas vitimaram o jornal, e sua "fase de ouro", entre os anos 50 e 80, já não perdura nos dias atuais.
- Porém, não é impossível que o Jornal do Brasil retome o antigo vigor, pois a sua história está repleta de recuperações - afirmou.
Monarquista
O Jornal do Brasil foi fundado há 120 anos, em 16 de abril de 1891, pelo político monarquista Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas, um dos ministros da Justiça do Império. De orientação conservadora, o JB defendia a monarquia recém-derrubada, até Rui Barbosa (1849-1923) assumir a função de redator-chefe (1893).
Na segunda revolta da Armada (6 de setembro de 1893), foi o único periódico a publicar o manifesto do contra-almirante Custódio de Melo. O então presidente da República, Floriano Peixoto (1891-1894), determinou o fechamento do jornal e mandou caçar Rui Barbosa, vivo ou morto. O jornal ficou fechado por um ano e 45 dias, voltando a circular a partir de 15 de novembro de 1894.
Internet
Nos anos 1950, a reforma gráfica no JB marcou uma revolução na imprensa brasileira, mas 60 anos depois, em 2010, o JB encerrou a circulação da edição impressa e passou a ter apenas uma versão na internet.
A sessão especial foi requerida pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Estiveram presentes à sessão a presidente do JB, Ângela Moreira; o diretor institucional Reinaldo Paes Barreto; o editor executivo Marcelo Migliaccio; o diretor Humberto Tanure; e o jornalista Mauro Santayana.
16/05/2011
Agência Senado
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