Acir Gurgacz quer reforma tributária 'inteligente', que estimule a produção




O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse nesta segunda (25) que é preciso começar a trabalhar imediatamente uma reforma tributária "inteligente", que estimule, com a redução de impostos, a produção de bens manufaturados, privilegie a iniciativa e diminua custos. Ele citou pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), segundo a qual o chamado Custo Brasil encarece em 36% os produtos brasileiros, quando comparados a concorrentes internacionais.

- Mas a própria Abimaq julga que esse custo seja ainda maior, porque há variáveis para se chegar a essa percentagem que sequer puderam ser transformados em números. E esse índice de 36% é relativo em comparação com a Alemanha e os Estados Unidos. Se for levado em conta uma comparação com a China, esse índice é ainda maior - referindo-se à diferença entre os preços de produtos brasileiros com seus concorrentes diretos.

Gurgacz observou que entre os componentes do Custo Brasil medidos pela Abimaq estão o impacto dos juros sobre o capital de giro, que em média gera custo de 7,95% superior aos dos concorrentes internacionais. Também foi aferido o preço dos insumos básicos, cuja diferença de custos é de 18,75%, e outros fatores como impostos não recuperáveis na cadeia produtiva, encargos sociais e trabalhistas, logística, burocracia e custos de regulamentação, custos de investimento e custos de energia.

- Isso nos leva a crer que precisamos, com grande urgência, rever a nossa capacidade e necessidade de realizar uma reforma tributária. Mas uma reforma que possa reduzir impostos e não aumentar. Falamos muito no Brasil em criar impostos para financiar isso ou aquilo, fingindo que não sabemos que esses impostos, por melhores que sejam as intenções para criá-los, acabam sufocando o empresariado, a produção e toda a população. Pois quem paga a conta é o consumidor final.

Eleição

O senador também manifestou preocupação com a campanha eleitoral para o segundo turno ao governo do seu estado, Rondônia. Segundo ele, os eleitores rondonienses têm sido alvo de um embate "cheio de mentiras, de estratégias baixas que evidenciam um desespero, despreparo e desrespeito para com o povo".

Gurgacz disse que um candidato age "com desespero" quando vê as suas possibilidades de vitória desaparecendo e decide esquecer as regras de uma competição saudável, utilizando agressões desnecessárias. Ele salientou que o despreparo fica evidenciado quando, diante da sensação de derrota, o objetivo principal de uma campanha política é deixado de lado.

- Não mais pensam em apresentar propostas plausíveis e realmente necessárias, para tomar atitudes politiqueiras e populistas que já não enganam mais ninguém. Passam a enfocar o processo eleitoral como um palco de baixarias e palavras de ordem que ignoram as reais necessidades do estado - afirmou.



25/10/2010

Agência Senado


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