ACM DIZ QUE AÇÃO DO GOVERNO GARANTIU A ORDEM EM PORTO SEGURO



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse nesta segunda-feira (dia 24) que a ação governamental durante as comemorações dos 500 anos do Brasil, na Bahia, foi preventiva e se destinou a manter a ordem e a evitar graves acontecimentos. Ele sustentou que os fatos noticiados pela imprensa não prejudicaram a festa como um todo. Conforme o presidente do Senado, o governo federal tomou todas as providências para que as comemorações decorressem em paz e em ordem, porque isso seria importante para manter uma imagem positiva do país no exterior. "Culpa não cabe nem ao governo federal nem à polícia baiana pelo que ocorreu", disse ele, assegurando que os fatos não foram tão graves quanto noticiados pela mídia, embora pudessem ter sido evitados. Antonio Carlos disse que foi feito acordo com o Movimento dos Sem Terra (MST), pelo qual os manifestantes poderiam reunir-se como quisessem e onde quisessem, mas deveriam deixar Porto Seguro antes do dia 22. Ele informou também que, apesar de o estado ter colocado todos os meios de transporte, inclusive aéreo, para representantes do MST virem a Brasília comunicar-se com o Incra, o acordo não foi cumprido. "Logo, aí não cabe culpa ao governo federal", afirmou ele. Antonio Carlos Magalhães também mencionou acordo para que parte da comunidade indígena apresentasse reivindicações ao presidente Fernando Henrique Cardoso, em relação à terra e ao tratamento que pleiteiam. "Tudo isso foi acertado, mas não foi cumprido", comentou ele, referindo-se ainda ao fato de que, insuflados, os índios queriam interromper o tráfego, impedindo milhares de turistas de chegar a Porto Seguro. Em sua opinião, a Polícia Militar da Bahia agiu com ponderação e calma para evitar um conflito maior, que seria desmoralizante para o Brasil, "porque envolveria até a figura de governadores e mais do que isso, a dos presidentes do Brasil e de Portugal". Ele afirmou que, embora a mídia não os tenha noticiado, todos os atos da comemoração foram realizados. Depois de mencionar exibição pirotécnica assistida por mais de 20 mil pessoas, ele afirmou que os 500 anos foram celebrados condignamente e que evitou-se que alguma tragédia maior acontecesse. "Nós sempre achamos que essa comemoração era de todos os brasileiros, inclusive dos indígenas, dos negros e até mesmo dos sem terra. Todos deviam estar lá juntos, mas não foi por culpa de ninguém que não estiveram", comentou ainda. Para Antonio Carlos Magalhães, os baianos merecem elogios por tudo o que foi feito para a beleza dessa festa, "até porque o Brasil nasceu na Bahia".

24/04/2000

Agência Senado


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