ACM DIZ QUE APÓIA POLÍTICA DE FHC, APESAR DA DIVERGÊNCIA SOBRE O MÍNIMO



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), afirmou na manhã desta sexta-feira, dia 12, que apóia a política econômica do presidente Fernando Henrique Cardoso, a exemplo do seu partido, o PFL, apesar da "divergência importante, de base", em torno do aumento do salário mínimo.
Antonio Carlos reafirmou sua tese de que o reajuste do mínimo "deveria ter sido maior", mas destacou seu apoio à política econômica do governo. "Se eu divergisse, meu partido não estaria apoiando o governo, pelo menos a maior parte dele", observou. O senador lembrou que o PFL tem ministros, e acrescentou: "eu próprio tenho ministros, e não vou estar contra".
Com relação à possibilidade de retaliações do governo contra os parlamentares da base governista que votaram contra o aumento do mínimo defendido pelo Executivo, o senador Antonio Carlos Magalhães disse que nunca se sentiu coagido: "Só aceita coação quem gosta de ser coagido", disse.
O presidente do Senado observou que a posição manifestada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, de deixar a cargo da consciência dos dissidentes a entrega de cargos no governo, é diferente do que foi noticiado durante todo o tempo do debate sobre o assunto. Por isso, Antônio Carlos considera a demissão de cargos oficiais "um problema pessoal de cada um".

12/05/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


Superada divergência sobre reserva para o novo mínimo

Sarney diz que é natural divergência quanto à reforma política, mas garante que ela irá até o fim

Renan apoia plebiscito sobre pontos específicos da reforma política

Cristovam elogia debate sobre política de salário mínimo

Divergência sobre 'tramitação rápida' marca primeiro dia de debate sobre o voto aberto

Paulo Paim apresenta relatório preliminar sobre política do salário mínimo