Sarney diz que é natural divergência quanto à reforma política, mas garante que ela irá até o fim



Ao comentar, na manhã desta quarta-feira (13), a divergência de alguns parlamentares quanto à possibilidade de a reforma política ser eficaz, o presidente do Senado, José Sarney, afirmou que é natural em uma democracia a existência de opiniões diferentes, mas ressaltou que o Senado precisa levar a "missão" de modificar a legislação eleitoral brasileira até o fim.

- Eu acho que nós faremos e vamos romper todas as resistências que nós encontrarmos, porque, na realidade, é uma necessidade, uma exigência de toda sociedade brasileira no sentido de que a reforma política seja votada - afirmou.

Ao ser questionado sobre a criação de uma nova legenda, o Partido Social Democrático (PSD), que será formalizado durante ato marcado para hoje na Câmara dos Deputados, Sarney assinalou que um dos objetivos da reforma política é justamente evitar a proliferação de partidos.

- Essa grande quantidade [de partidos] enfraquece o sistema democrático - disse.

Sarney ainda ressaltou mais uma vez que Câmara e Senado buscarão o consenso na formulação de uma proposta de reforma.

- Temos que fazer uma reforma de acordo com a Câmara. Isso não exime que nós tenhamos a decisão do Senado, que o Senado caminhe na sua marcha. E é o que estamos fazendo. Nosso desejo, e vai ser assim, é que a Câmara una-se a nós e nós encontremos um terreno comum de decisão - disse.



13/04/2011

Agência Senado


Artigos Relacionados


Senadores defendem reforma política, mas divergem quanto à mudança do sistema de governo

Para Sarney, reforma trabalhista é mais complexa do que reforma política

SENADO DEFINE REFORMA POLÍTICA ATÉ SETEMBRO, GARANTE LOBÃO

ACM DIZ QUE APÓIA POLÍTICA DE FHC, APESAR DA DIVERGÊNCIA SOBRE O MÍNIMO

Reforma política é prioridade, diz Sarney

Sarney estuda reforma política no carnaval