ACM diz que "atos desonestos de Lula" fazem crescer candidatura de Alckmin



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou, em discurso nesta terça-feira, que a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República está crescendo porque o Brasil está reagindo aos "atos desonestos" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que tem feito crescer a sua rejeição em todo o país.

Antonio Carlos criticou a proposta de doação da empresa Dedini Indústria de Base, de Piracicaba (SP), beneficiada pelo Programa Nacional de Produção de Uso do Biodiesel, à campanha pela reeleição do presidente Lula.

Em seu pronunciamento, o parlamentar baiano também criticou a postura do governo em relação às denúncias de envolvimento de parlamentares e membros do Executivo na "máfia das ambulâncias". Para o senador, o governo tenta passar a imagem de que quer "acabar com os sanguessugas" quando estes, avalia, pertenceriam ao governo.

- Se há membros do Congresso que participaram [do esquema] que sejam punidos, mas não se pode dizer que o Congresso é sanguessuga. Isso é desonestidade - afirmou o parlamentar, que defendeu a punição dos responsáveis, mas não de "toda uma instituição".

Antonio Carlos informou ter solicitado ao presidente da Casa, Renan Calheiros, que convocasse o empresário Luiz Antonio Vedoin, apontado como operador do esquema de venda superfaturada de ambulâncias com recursos do orçamento, pois acredita que "um ladrão" não pode afirmar que 70% do Congresso é desonesto sem que a informação seja apurada integralmente.

O senador ponderou ainda que a sociedade brasileira e a imprensa, principalmente, embora estejam dando ênfase ao escândalo dos "sanguessugas" não deveriam esquecer do "mensalão" e do "valerioduto", reiterando sua posição de que o atual governo estaria envolvido em atos de corrupção.

Acusou ainda o presidente Lula de não querer participar de debates eleitorais para não ter que responder a perguntas sobre dinheiro pago pela Telemar à empresa Gamecorp, de seu filho Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e sobre "os dólares na cueca" do irmão do ex-presidente do PT, José Genoíno, entre outras irregularidades.

O parlamentar também ironizou declaração de Lula de que passará a fazer campanha diariamente a partir da próxima semana quando, na sua avaliação, já estaria fazendo isso desde o início de seu governo.



01/08/2006

Agência Senado


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