ACM É CONTRA ABONO PARA JUÍZES E MUDANÇAS NA LEI DE RESPONSABILIDADE
De qualquer forma, Antonio Carlos considera "importante ouvir, com toda a atenção, o que os governadores têm a dizer". O presidente do Senado descartou qualquer possibilidade de pressão dos estados sobre os parlamentares para adiar a votação da lei. "Até porque muitos governadores já foram senadores e sabem que a Casa decide com total independência", frisou.
O senador manifestou-se ainda contra a concessão de abono para os juízes federais, em função da ameaça de greve dos magistrados. Para ele, se isso acontecer outras categorias podem exigir o mesmo tratamento. Na sua opinião, a prioridade no momento deve ser "melhorar o salário mínimo".
Com relação ao processo de privatização do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), Antonio Carlos disse ser contra restrições à participação do capital estrangeiro, "o que viria contra a própria política de privatizações do governo". Mas apoiou a concessão de algum tipo de vantagem para as empresas nacionais. Uma hipótese que levantou seria a de dar preferência às empresas nacionais no caso de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra do Banespa.
A respeito do pedido do Supremo Tribunal Federal para que a Polícia Federal investigue denúncias contra o senador Luiz Estevão (PMDB-DF), Antonio Carlos Magalhães observou que a questão, no Senado, está no Conselho de Ética, que deverá tomar uma posição a respeito. "Se o processo vier para a Mesa Diretora, esta também decidirá", garantiu.
08/02/2000
Agência Senado
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