ACM ELOGIA RELATÓRIO SOBRE OBRA DO TRT-SP E CONFIA NA PUNIÇÃO DOS CULPADOS
O presidente considerou o trabalho apresentado pelo relator como "muito bem feito e incontestável", mas evitou antecipar uma posição em relação à situação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF), que teve o Grupo OK, de sua propriedade, citado nas conclusões de Paulo Souto (PFL-BA) sobre os desvios de recursos públicos na obra contratada pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Antonio Carlos garantiu que a Mesa do Senado estudará o assunto à luz das conclusões aprovadas pela comissão parlamentar de inquérito, mas preferiu não antecipar qualquer posição a respeito de "cassação ou qualquer outra punição no Senado, pois o assunto precisa ser muito bem estudado". Ele afirmou, no entanto, que se "a CPI não pode sacrificar injustamente um senador; se for de justiça sacrificar, a instituição é mais forte que um senador".
A justiça será feita, enfatizou, lembrando que há muito tempo defende a imunidade parlamentar, para deputados e senadores, restrita à atuação dos políticos dentro do Congresso Nacional.
- Fora do Congresso a imunidade não deve existir, pois lá fora todos somos cidadãos comuns - argumentou.
O presidente do Senado confirmou ter recebido telefonema do ex-presidente Fernando Collor, mas negou que fosse especificamente para tratar da situação do senador Luiz Estevão no relatório da CPI do Judiciário.
Antonio Carlos confirmou, ainda, que as denúncias recebidas pela comissão parlamentar de inquérito - as questões investigadas e os casos que não puderam ser examinados - "todas serão reunidas em um livro, com três volumes, que será enviado para exame e providências pela justiça de todo o país".
17/11/1999
Agência Senado
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