ALCÂNTARA DEFENDE PUNIÇÃO EXEMPLAR PARA CULPADOS DE IMPROBIDADE
Ele lembrou que já existe no país um conjunto de leis disciplinando as condutas dos funcionários e de autoridades que lidam com recursos públicos. Ainda assim, os desvios de verbas públicas se repetem e até já caracterizam a administração pública brasileira. "Acredito que isso acontece porque ninguém acaba punido. Somente com punições pesadas será possível desestimular, e até coibir, esses abusos", disse.
Para Alcântara, o país inteiro precisa tirar lições do escândalo da obra superfaturada do Fórum Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). Além de reorganizar o Tribunal de Contas da União (TCU), é preciso estimular a sociedade a participar mais da fiscalização e do controle das contas públicas e isso somente será obtido se houver punição efetiva dos culpados, observou.
Ao analisar as razões da impunidade no Brasil, Alcântara apontou certas características do Poder Judiciário como a morosidade dos tribunais, o excesso de leis que volta e meia se entrechocam e a possibilidade de serem impetrados infindáveis recursos que, além de retardar as decisões, terminam na impunidade ou, pelo menos, na impressão da sociedade de que não houve qualquer punição.
22/08/2000
Agência Senado
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