Papaléo pede punição de culpados por medicamentos adulterados



O senador Papaléo Paes (PMDB-AP) defendeu que casos de adulteração de medicamentos, como o que ocorreu recentemente com o contraste utilizado em exames radiológicos Celobar, devem ser punidos exemplarmente quando comprovada a culpa dos envolvidos. Para ele, embora o Estado não tenha como eliminar todas as ocorrências desse tipo, há mecanismos legais de punição.

Papaléo lembrou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, em 27 de junho, o resultado da análise realizada com o lote contaminado do Celobar. Segundo a Fiocruz, o exame do medicamento apontou que havia em sua composição carbonato de bário, utilizado em veneno de rato. A fundação suspeita, inclusive, que a contaminação não foi acidental. Por causa da adulteração, 22 pessoas morreram e outras 60 foram contaminadas.

Há poucos dias, continuou o senador, 13 pessoas operadas de catarata no Rio de Janeiro ficaram cegas. Segundo especialistas, é provável que a cegueira tenha sido causada pelos colírios Methil Lens Hypac 2%, do laboratório Lenssurgical Oftalmologia, e Oftvisc, do laboratório Oftvision. Desconfia-se que os colírios, utilizados para proteger os olhos após cirurgia de catarata, estavam contaminados por bactérias.

Papaléo ressaltou ainda em seu discurso que os casos do Celobar e dos colírios mobilizaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, Humberto Costa, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Cláudio Maierovitch, de modo que o governo está empenhado em apurar as responsabilidades por esses acidentes até as últimas conseqüências.



04/07/2003

Agência Senado


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