ACM faz apelo ao ministro da Justiça para que diga de onde saiu o dinheiro do dossiê
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) fez um apelo nesta segunda-feira (16) ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para que revele ao país de onde saiu o dinheiro (R$ 1,7 milhão) utilizado por integrantes do PT para comprar um dossiê destinado a prejudicar candidatos do PSDB.
Citando reportagem da revista Veja dessa semana, Antonio Carlos disse que a trama do dossiê piora a cada dia por causa da participação do assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy. Ele disse que a revista recebeu telefonema da direção da Petrobras, comunicando que não faria mais publicidade porque Veja estava atacando o governo.
- Mas, nem por isso a Veja vai mudar de orientação. Esta semana, traz toda a trama do dossiê pelo qual o PT pagou R$ 1,7 milhão. Lula tem que esclarecer o enigma chamado Freud - afirmou.
Antonio Carlos disse que o governo federal, que já tinha conseguido a demissão do jornalista Boris Casoy da Rede Record, foi à justiça "para impedir o jornalista e escritor Arnaldo Jabor de trabalhar". Ele lembrou que o PT, no Congresso Nacional, sempre condenou a censura e pediu que o partido modifique sua conduta e passe a ver a liberdade de imprensa como um bem da democracia.
O senador lembrou ainda que os cartões corporativos foram criados pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, mas que o presidente Lula, assim que tomou posse, assinou decreto tornando sigilosas as informações sobre o seu uso.
- Retiram dinheiro vivo e fazem compras inacreditáveis para os familiares do presidente Lula. Foram R$ 34 milhões. Temos que tomar uma providência sobre isso. Nós queremos saber como se gasta o dinheiro do povo e o Lula poderia esclarecer isso nos debates na tevê - concluiu.
16/10/2006
Agência Senado
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