ACM NÃO ACREDITA EM VINGANÇA DO SUPREMO
- A decisão não deve ter sido política. A colocação permite que pense que foi política, mas acredito que não tenha sido. Não creio que juízes notáveis, como tem o Supremo, sejam capazes de fazer vindita ou coisa parecida - afirmou.
Perguntado se teria sido apenas uma coincidência, o senador respondeu que houve "falta de habilidade, mais do que coincidência":
- Entretanto, o fato da decisão ter sido tomada no mesmo momento em que não se deu o teto (salarial para os três Poderes) cria um problema grave de coincidência, e aqueles que já não queriam dar o teto ficam mais à vontade - acrescentou.
Para Antonio Carlos, o aumento de impostos tornou-se "inevitável":- O governo vai ter que fazer isso mesmo. Eu sou contra aumentar impostos, mas, quando se chega ao inevitável... A sociedade vai pagar pela decisão do Supremo, isso ninguém tenha dúvida - observou.
A pretensão de instituir, pela aprovação de emenda constitucional, a cobrança derrubada pelo Supremo não será viável de imediato, segundo o senador, porque não existe modo de abreviar os prazos de tramitação regimentais a tempo da alteração vigorar no ano 2000.
Antonio Carlos explicou também que, quando falou de corte de gastos com os palácios da Justiça para compensar a perda de receita decorrente da decisão do STF, não se referiu apenas a um dos Poderes da República:
- O Judiciário deve dar o exemplo de diminuir seus gastos. E todos nós também, a Câmara e o Senado - concluiu.
04/10/1999
Agência Senado
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