ACM pede investigação profunda de possíveis irregularidades na Sudene
- Queremos uma reestruturação da Sudene e queremos punição para qualquer empresário nordestino que tenha praticado irregularidades. Projetos da Sudene que tiverem maracutaia, como os da Sudam, têm que ser expostos ao público. É preciso mostrar se políticos estavam envolvidos nele, como no caso da Sudam, como provei várias vezes - frisou.
Antônio Carlos, anunciou que ocupará novamente a tribuna do Senado, nesta semana, com o objetivo de chamar a atenção do país para novas denúncias de corrupção. "Estarei ainda mais turbinado para utilizar melhor o meu trombone", assinalou.
Na avaliação do senador, depois que ele iniciou o que chamou de "cruzada pela moralidade", o conceito do Congresso na opinião pública melhorou. Ele acrescentou que as seguidas denúncias de corrupção melhorarão ainda mais a imagem do Legislativo.
- Não com a destruição do governo, que não nos interessa, mas com a destruição da corrupção que afeta alguns setores do governo e também o Brasil - acentuou.
Antônio Carlos convocou todos os parlamentares, sobretudo os nordestinos, para criarem uma frente com o objetivo de aprovar os projetos importantes, mas "sem oposição sistemática ao governo". Ele sugeriu ainda que o Congresso tenha mais atenção quando apreciar os nomes indicados para a composição da novas agências de desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste que substituirão a Sudam e a Sudene. Segundo o senador, se forem indicados e aprovados nomes que formaram a recém demitida diretoria do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), o Congresso estará "sendo conivente".
- Espero uma investigação séria na Sudene e na Sudam, não por amostragem, mas completa. E acredito que o ministro (Fernando Bezerra, da Integração Nacional) possa fazer isso, porque ele quer fazer vida pública e, neste país, ninguém faz vida pública sem a ética e a moralidade. Os negócios escusos não cabem aos políticos - ressaltou o senador.
Antônio Carlos fez ainda um apelo à Mesa para que envie seu pronunciamento ao ministro Fernando Bezerra, a fim de que este leve ao conhecimento do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, "o desejo do Senado de ver o Brasil moralizado".
26/03/2001
Agência Senado
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