ACM quer que FHC aponte quem indicou os envolvidos nas denúncias sobre a Sudam
Segundo Antonio Carlos, prestar esses esclarecimentos seria um ato de coragem. Ele considera que as providências tomadas pelo presidente devem ser claras e alertou para os efeitos negativos acarretados pela perda de credibilidade das instituições públicas. De acordo com o senador, os escândalos vêm à tona diariamente e os valores dos recursos públicos desviados aumentam a cada dia. Em discurso nesta segunda-feira (dia 9), exemplificou, ele calculava que os recursos desviados da Sudam somavam R$ 1 bilhão, e agora eles já teriam atingido R$ 2 bilhões.
- Isso significa 12 lalaus na Sudam - disse o senador, referindo-se ao juiz Nicolau dos Santos Neto, apontado como um dos responsáveis pelos desvios na construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, que totalizaram R$ 169 milhões.
Antonio Carlos relembrou a luta do PMDB e do ministro Fernando Bezerra - quando este assumiu o Ministério da Integração Nacional - para que a Sudam e a Sudene pertencessem a essa pasta. "Os fatos demonstraram que não era para saneá-los", ironizou.
Por ter previsto que isso aconteceria, relatou Antonio Carlos, iniciou a luta para que o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) não fosse o indicado para a presidência do Senado. O parlamentar baiano confessou ter "certa pena dos companheiros do PMDB", já que "ninguém tem coragem de ir à praça pública e dizer que é do partido da Sudam".
10/04/2001
Agência Senado
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