ACM se opõe a acordo para destrancar pauta enquanto governo não esclarecer destinação de verba



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) afirmou nesta segunda-feira (29) que não aceitará acordos para votar as matérias que estão na pauta do Senado - que está trancada por cinco medidas provisórias -enquanto não for esclarecida a destinação de verba de R$ 890 milhões pelo governo federal. Esses recursos visam a custear programas de habitação e urbanização de favelas em vários municípios brasileiros. De acordo com o senador, tal verba, que já foi aprovada pelo Congresso, vai beneficiar principalmente prefeituras comandadas por aliados do governo. Para Antonio Carlos Magalhães, trata-se de um novo esquema de desvio de dinheiro público.

- Essa ladroagem não é nem urgente nem relevante, a não ser para os ladrões - disse Antonio Carlos.

O senador também fez críticas à Câmara dos Deputados e ao seu presidente, Aldo Rebelo, lamentando as absolvições dos parlamentares acusados de envolvimento no "mensalão".

O presidente Lula e o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, também foram criticados por Antonio Carlos Magalhães. Sobre o presidente, o senador afirmou que seu governo continuaria desviando dinheiro público. Sobre Cláudio Lembo, que também é do PFL, Antonio Carlos disse que ele se deixou levar pelos elogios recebidos de Lula e afirmou que o governador também pertence à "elite branca" que ele mesmo responsabilizou pelos problemas de distribuição de renda no país.

29/05/2006

Agência Senado


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