Ademir alerta para a exploração do trabalho infantil no país
- Das cerca de novecentas mil crianças e adolescentes entre cinco e quinze anos que vivem no Pará, mais de noventa e nove mil trabalham nos setores formal e informal da economia. São milhares de crianças e adolescentes que trabalham nas mais variadas atividades, tais como: vendedores ambulantes, engraxates, borracheiros, empregados domésticos, cozinheiros, faxineiros, catadores de lixo, carvoeiros, ajudantes de olarias, catadores de caranguejos e mariscos. Além disso, muitos são envolvidos no uso e tráfico de drogas e, sobretudo as meninas, na prostituição - disse Ademir Andrade.
A jornada média desses menores, segundo o senador, é de oito horas, mas, em muitos casos, o trabalho entra pela noite e a madrugada. A maioria, observou, trabalha em situação de risco e fica exposta a danos físicos e psicológicos. O programa Bolsa-Escola, do governo federal, na avaliação de Ademir Andrade, poderia contribuir para a solução desse problema. No entanto, não passa de um "instrumento para enganar a população e de um marketing político que consome somas vultosas em propaganda" - opinou o senador.
Para Ademir Andrade, os R$ 15,00 que o governo paga por mês para cada criança mantida na escola representa muito pouco diante da situação de desemprego e miséria das famílias que usufruem do programa. O que tem ocorrido, informou, é que essas mesmas famílias que utilizam o Bolsa-Escola continuam mandando os filhos para o trabalho, com vistas a garantir sua sobrevivência.
18/12/2001
Agência Senado
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