Ademir critica aumento de energia elétrica



A autorização para aumentos temporários de tarifas de energia elétrica como forma de cobrir prejuízos das empresas distribuidoras com o racionamento, proposto pela Medida Provisória (MP) nº 14, foi rechaçada pelo senador Ademir Andrade (PSB-PA): "Mais uma vez é o povo quem está pagando pela omissão dos dirigentes nacionais".

Ademir lembrou que o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, "não demonstrou qualquer preocupação em declarar um total desconhecimento sobre as condições do parque energético nacional, sobre a incapacidade das reservas e sobre as conseqüências futuras dessa grave situação" ao anunciar o racionamento de energia e multas para quem não o respeitasse. Para o senador, o presidente desrespeitou o povo brasileiro.

O representante paraense no Senado questionou ainda o aluguel de usinas termelétricas, proposto pela MP, para garantir o suprimento de energia em caso de emergência. De acordo com o parlamentar, o custo inicial do aluguel das 58 termelétricas que estão sendo alugadas pelo governo é de R$ 7,6 bilhões, podendo chegar a R$ 16 bilhões caso venham de fato a funcionar.

- Como podemos constatar, nesse jogo do "salve-se quem puder", os prejudicados terminam sendo os consumidores, que vão pagar caro pelos erros do governo, que só é competente e criativo quando se trata de atacar o bolso dos mais fracos e transferir para eles o ônus dos sucessivos desacertos que comete - afirmou o senador.

Ademir Andrade afirmou que, em vez de o governo anunciar novos investimentos para ampliação da geração e da transmissão de energia, implantou um racionamento e, depois, novos aumentos de tarifas. Ele lembrou que, de 1995 para cá, as tarifas de energia dos consumidores residenciais já aumentaram, em média, 132,6%, contra uma inflação de 78%, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.



11/04/2002

Agência Senado


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