ADEMIR CRITICA VENDA DE AÇÕES DA PETROBRÁS



Um "equívoco", que trouxe prejuízos para o país em função dos "pífios" resultados da operação e da ótica "meramente financista" que orientou a aplicação do valor arrecadado. Esta é a definição do senador Ademir Andrade (PSB-PA) para a recente operação de venda de ações da Petrobrás pelo governo federal. Ele analisou o assunto em discurso no Plenário.
Na avaliação do parlamentar, a venda de aproximadamente 30 por cento das ações ordinárias da Petrobrás, pelas quais o governo obteve pouco mais de 7,2 bilhões de reais, foi um equívoco na medida em que "o produto desta venda se destinava não a investimentos na própria Petrobrás ou no setor de petróleo, ou ainda, a investimentos sociais, mas ao pagamento de juros da dívida pública".
Ademir Andrade rejeita essa destinação lembrando que a dívida pública nacional "não pára de crescer, em virtude da opção política da atual administração federal de financiar seu déficit crônico com a poupança privada externa".
O senador paraense criticou a "ótica meramente financista" do governo federal, culpando-a pela opção do governo em não "converter os recursos advindos da equivocada venda das ações da Petrobrás em investimentos sociais e desenvolvimentistas". Observou ainda que os investidores estrangeiros ficaram com boa parte dessas ações, apesar do "sentimento nacionalista" da campanha publicitária lançada para apoiar essa operação.
Ao concluir seu pronunciamento, o parlamentar fez questão de registrar sua crítica "aos pífios resultados da venda de ações da Petrobrás e afirmar sua "esperança de que este país passe, um dia, a ser governado por homens que se preocupem com os verdadeiros interesses da nação".

25/08/2000

Agência Senado


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