ADEMIR DEFENDE COOPERATIVAS PARA VIABILIZAR ASSENTAMENTOS
Segundo Ademir, o processo de reforma agrária no Brasil atravessa atualmente uma etapa de improvisação perigosa que não atende aos objetivos de mudança racional. Para reverter o quadro, o senador afirma ser necessário adotar o cooperativismo, para dar apoio e desenvolver os projetos de reforma agrária. Ele citou como exemplo a regulamentação do Estatuto da Terra, que criou as Cooperativas Integrais de Reforma Agrária (CIRAS).
O senador considera "inquietante" que não se conheça qualquer plano do governo federal para dar forma aos assentamentos ou comunidades de trabalhadores. Segundo ele, esta é a razão pela qual as atuais reivindicações dos chamados sem-terra concentram-se em recursos financeiros, "hoje nem sempre bem aplicados".
Ademir lembra que o assentamento é uma forma complexa de organização que só pode prosperar se forem atendidos os requisitos de uma estrutura social e econômica, por menor que seja. Ele diz que, nos assentamentos de responsabilidade individual, a preferência é pelos produtos que compõem a chamada cesta básica, que poderá resolver a situação do grupo familiar, mas não concorre para o desenvolvimento do setor agrícola como um todo.
Ao terminar seu pronunciamento, Ademir Andrade garantiu que a concepção simplista de assentamento levará, fatalmente, à frustração da reforma agrária. "É necessário adotar o cooperativismo, com suas forma históricas, singulares e dinâmicas, vez que trata-se de um modelo integrante da própria realidade da nossa sociedade".
25/09/2000
Agência Senado
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