Ademir é contrário ao lançamento de uma candidatura de oposição



O senador Ademir Andrade (PSB-PA) afirmou, nesta segunda-feira (dia 29), que é contrário ao eventual lançamento de uma candidatura de oposição à presidência do Senado. Segundo Ademir, esse seria um erro estratégico. "A oposição não precisa apenas "marcar posição", mas sim concretizar seus espaços no Parlamento, conquistando participação na Mesa e na presidência de comissões", disse.

O senador do PSB defende que a oposição se resguarde até o último instante. "Devemos definir o voto, se possível, 10 minutos antes da votação", disse. Ademir considerou "constrangedora" a luta de poder que os partidos governistas - e os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA) - travam pela Presidência do Senado. "Essa situação, contudo, é positiva para a sociedade, que assim pode tomar consciência sobre como são, de fato, os líderes do governo".

Ademir Andrade lembrou que o PSB, que conta com três senadores, é um partido oposicionista mas não faz parte do Bloco Oposição, e pode firmar outro entendimento, caso o nome do senador Jefferson Péres seja confirmado. "O Bloco conta apenas com o PT e o PDT. Já o PSB e o PPS são independentes", afirmou, defendendo maior negociação antes do lançamento de qualquer candidatura.

Ademir criticou a convocação do Congresso, que a seu ver é decorrente da falta de vontade política do governo em votar o projeto de emenda constitucional que regulamenta a edição de medidas provisórias. "Fernando Henrique Cardoso não quer a regulamentação das MPs", afirmou, lembrando que até mesmo a medida provisória que criou há seis anos o Plano Real será apreciada durante a convocação.

O senador afirmou ainda que tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, como o presidente do Senado Federal, Antônio Carlos Magalhães, têm sido subservientes ao presidente da República. Para Ademir, Temer tem protelado a votação da emenda que limita o poder de Fernando Henrique de editar medidas provisórias. Por outro lado, Ademir considera que ACM teria poder para promulgar a parte da emenda já aprovada pelas duas Casas.

29/01/2001

Agência Senado


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