PSB mantém candidatura própria, afirma Ademir



O líder do PSB no Senado, Ademir Andrade (PA), reiterou nesta quinta-feira (7), em Plenário, o apoio de seu partido à candidatura do governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, ao Palácio do Planalto. Anunciou também que a Executiva Nacional do PSB apresentará uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de limitar as alianças regionais à coligação feita pelos partidos para a eleição presidencial.

- Pelo menos no primeiro turno, as candidaturas de oposição, representadas pelo governador Garotinho, por Ciro Gomes e por Luiz Inácio Lula da Silva marcharão separadas - afirmou Ademir, ressaltando que a manutenção de candidatura própria pelo seu partido foi decidida por unanimidade, em reunião da Executiva Nacional do PSB.

O senador lembrou que, não fosse a decisão do TSE, o PSB poderia, ao mesmo tempo, manter a candidatura Garotinho e firmar nos estados acordos políticos coerentes com a realidade local. Com o objetivo de reverter a posição adotada pelo tribunal, relatou, o partido apoiará pedido de urgência para um decreto legislativo destinado a anular a decisão do TSE e proposta de emenda à Constituição, com o mesmo objetivo, a ser apreciada na próxima semana pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A Executiva do PSB, segundo relato de Ademir, pretende ainda apresentar uma "resposta política" à decisão do TSE, por meio de uma convocação a todos os seus militantes a participar de uma nova campanha de filiação e de criação de diretórios municipais. "Tudo isso visando à consolidação do projeto nacional do partido", observou.

Ademir registrou ainda a assinatura - pelos presidentes do PSB e de oito outros partidos políticos - de um "Protocolo de Compromisso" em favor da candidatura de Garotinho à Presidência da República.

Por meio do documento, eles afirmam que devem unir-se em torno de propostas como a defesa da empresa nacional e da agricultura; a oferta de um choque de crédito aos pequenos e médios empresários; a adoção de uma nova política de segurança pública; a supressão da cláusula de barreira, que limitaria a participação de pequenos partidos; e a convocação de uma nova Assembléia Nacional Constituinte, para redesenhar o modelo institucional do país. Assumem o compromisso, além do PSB, os seguintes partidos: PAN, PTN, PTC, PPP, PT do B, PSD, PSC e PST.



07/03/2002

Agência Senado


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