Ademir protesta contra despejos de trabalhadores rurais no Pará
O senador leu em Plenário nota de entidades ligadas aos trabalhadores rurais, entre elas, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Comissão Pastora da Terra (CPT). Na nota, as entidades afirmam que a ação de despejo faz parte de acordo que o secretário e o governador fizeram com os fazendeiros da região, por intermédio da deputada Elza Miranda. Metade dos imóveis, conforme as entidades, está sob jurisdição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), todos eles com desapropriação prevista. O senador alertou para um novo massacre dos Carajás, já que as famílias estão dispostas a resistir.
Ademir disse que a violência e as execuções que vitimam o movimento sindical do Pará no primeiro semestre deste ano só tem comparação com a repressão registrada no período da ditadura militar. De abril até hoje, informou, foram executados seis trabalhadores, dentre eles o sindicalista Ademir Alfeu Federicic, assassinado no último dia 25, e 121 pessoas foram presas. "A indiferença e a impunidade tem sido a resposta oficial dos governos estadual e federal", lamentou o senador.
Aliás, observou Ademir, a questão agrária no governo Fernando Henrique tem sido muito mais peça publicitária. A prova disso, completou Ademir, é que do "vergonhoso" R$ 1,9 bilhões previsto para a reforma agrária, apenas 3,1% foi gasto até agora. Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez um apelo ao governador Almir Gabriel para não deixar que se repita cenas como a do massacre de Carajás.
29/08/2001
Agência Senado
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