Adiada votação da Reforma do Judiciário
Ainda não houve acordo que permitisse a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma do Judiciário. A PEC estava na pauta do Senado desta quarta-feira (4), mas teve a votação adiada para o dia seguinte, com a aprovação de requerimento neste sentido do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
- Dada a polêmica, solicitamos mais um dia de reflexão - justificou o líder petista.
O adiamento desagradou o relator da reforma, Bernardo Cabral (PFL-AM):- Isso é uma brincadeira - criticou o senador, ao anunciar que não comparecerá à sessão desta quinta-feira (5). Outro pefelista, Francelino Pereira (PFL-MG), considerou a proposta de adiamento uma farsa para encobrir a real intenção, que é não votar a Reforma do Judiciário este ano.
O presidente do Senado, Ramez Tebet, disse que o requerimento de adiamento está embasado no Regimento Interno do Senado, não havendo outra alternativa à Mesa a não ser colocá-lo em votação.
O senador Tião Viana (PT-AC) disse não crer na votação da proposta ainda este ano. Ele afirmou que há problemas no texto, que vêm sendo apontadas por entidades ligadas ao chamados operadores do direito, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação dos Magistrados Brasileiros.
04/12/2002
Agência Senado
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