Advogado defende fim do passe em depoimento à CPI do Futebol
Krieger considerou essa mudança - o fim do passe - como um marco para que o Brasil inicie um novo período nas relações entre jogadores, clubes e intermediários. Esses, conforme o advogado, sempre foram os maiores beneficiários com o processo de venda e exportação de jogadores brasileiros, o que explica seu interesse no adiamento da entrada em vigor do dispositivo legal.
De acordo com o advogado, "a lei do passe é uma sobra do entulho autoritário deixado pelo regime de exceção". Ele esclareceu que a legislação atual entende o passe como sendo uma indenização devida por um clube a outro pela cessão do atleta durante a vigência do contrato de trabalho, mesmo após seu término". Segundo o advogado, a expressão "mesmo após seu término" é o que complica as relações do jogador com o clube. Isso porque, disse, acabado o período do contrato, o jogador continua a pertencer ao clube, que deixa de se sentir obrigado a lhe pagar salário.
Mesmo que a nova legislação tenha defeitos e limitações, Krieger entende que só depois de sua entrada em vigor haverá condições para que se faça mudanças. "Admitindo que atletas e clubes entrem com dezenas de ações contra ela, considero que essas ações poderão balizar as alterações de deverão ser feitas", disse .
22/02/2001
Agência Senado
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