Aelton Freitas critica excessos em brigas pela terra
O primeiro passo para uma reforma agrária bem-sucedida, de acordo com o senador Aelton Freitas (PL-MG), é a implementação de uma rígida estrutura pública de fiscalização no campo para punir os excessos cometidos pelos proprietários e pelos invasores de terras. Ele disse que é favorável à reforma agrária, mas enfatizou a necessidade de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva agir sem pressões nesta área.
Aelton criticou os recentes episódios ocorridos no estado de Pernambuco em que grupos de trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desrespeitaram decisão judicial sobre a posse de terra local, invadindo terreno que estaria no rol de áreas em processo de desapropriação.
- Todos temos o direito de discordar de decisões judiciais, até porque elas não se configuram necessariamente em verdades absolutas. Entretanto, é diferente discordar de desrespeitar. Os fatos da última semana não foram um desrespeito à lei, mas, acima de tudo, ao bom senso, pois atitudes agressivas podem provocar reações ainda mais violentas das vítimas de ocasião.
Para o senador, a verdadeira reforma agrária deve não apenas assentar um grande número de famílias, mas oferecer condições para os assentados produzirem e alcançarem independência. A reforma, acrescentou, é uma das bandeiras do governo Lula, e mesmo se conduzida com relativa lentidão nos assentamentos, explicou, conta com real comprometimento do governo.
- Espero que, no cumprimento da tarefa de fazer com os que os trabalhadores produzam em paz e com dignidade, o governo, juntamente com o Poder Judiciário, encontre alternativas eficientes para coibir de uma vez por todas a violência no campo. Agressividade não colabora em nada na implementação de uma reforma ampla e justa, capaz de gerar benefícios sociais e econômicos - sintetizou o senador.
30/05/2003
Agência Senado
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