Agência nuclear defende adoção do modelo de Angra 3 em usinas no Nordeste



O diretor da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc), Lothário Deppe, defendeu nesta quinta-feira (24), no Rio de Janeiro, a adoção do mesmo modelo da Usina Angra 3 na construção das centrais nucleares no Nordeste, adaptando o projeto às condições da região, principalmente quanto ao solo e à temperatura.


Engenheiro nuclear com formação nos Estados Unidos e com 30 anos de serviço na área de projetos e construção de centrais nucleares na Nuclen/Eletronuclear, Deppe considerou que seria “um desperdício” a abertura de licitação internacional para as novas usinas no Nordeste.


Ele participou do simpósio anual da Seção Latino-Americana da Sociedade Nuclear Americana (LAS-ANS), onde ressaltou que o Brasil tem tecnologia, experiência e pessoal capacitado para aplicar nas novas centrais nucleares o projeto de Angra 3, o que irá garantir que as novas unidades sejam 100% nacionais.


Deppe disse que isso permitirá que as obras fiquem entre 30% e 40% mais baratas, além de representar “a maximização e otimização da participação nacional”. As estimativas iniciais indicam que as usinas do Nordeste poderão custar entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões.


Segundo o diretor da Abacc, será usada tecnologia nacional, que já foi transferida ao Brasil pela Alemanha graças ao acordo bilateral firmado em 27 de junho de 1975. O tratado completa 35 anos no próximo domingo.


Fonte:
Agência Brasil



07/08/2010 05:30


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