Agripino atribui sucesso da CPI dos Bingos à coragem de Efraim e ao equilíbrio de Garibaldi



O líder do PFL, senador José Agripino Maia (RN) disse em Plenário nesta quinta-feira (8) que, não fossem a coragem do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e o equilíbrio e serenidade do relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a comissão não teria sido bem-sucedida e, assim, satisfeito o desejo da sociedade de "passar o Brasil a limpo".

Agripino salientou que mesmo pertencendo à ala governista do PMDB, o relator da CPI, Garibaldi Alves, não cedeu a pressões de nenhuma espécie, principalmente as do governo, e produziu um relatório que tem "a sua cara": sensato e equilibrado. O parlamentar, no entanto, disse estar insatisfeito com o relatório apenas por nele não constar pedido de indiciamento do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o ex-ministro Chefe da Casa Civil José Dirceu.

O líder pefelista afirmou que o relatório cobriu todos os temas investigados e os listou: Loterj; "máfia do lixo", Gtech; Caso Celso Daniel e financiamento de campanhas políticas. Manifestou, no entanto, sua frustração por não ter sido possível provar a honestidade ou a falta dela do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no empréstimo tomado ao PT, por meio do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Salientou que ficará a cargo do Ministério Público investigar se houve financiamento irregular de campanha do PT em 2002 e a colaboração de empresários "bingueiros" à campanha petista.

Agripino considerou corajosa a postura do presidente e do relator quando escolheram o caminho mais difícil na condução dos trabalhos da comissão, depois do depoimento de Rogério Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, quando surgiram indícios de envolvimento do então ministro da Fazenda na "máfia do lixo", bem como de favorecimento a ex-assessores na obtenção de contratos com empresas vinculadas ao governo.

Sobre o encerramento da CPI, o líder expressou ao presidente da Casa, Renan Calheiros, seu temor de que haja dificuldades para a conclusão dos trabalhos, tendo em vista rumores que disse ter ouvido sobre "voto em separado, reparos, exclusões, perda de foco".

- Vai feder a borracha queimada no dia 20 - disse o líder, antecipando as objeções da base governista.

Agripino se posicionou favoravelmente ao relatório e disse que orientará a bancada de seu partido a fazer o mesmo.

O parlamentar foi aparteado pelos colegas Heráclito Fortes (PFL-PI) e Mão Santa (PMDB-PI).

08/06/2006

Agência Senado


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