ALCÂNTARA APONTA DEFICIÊNCIAS DO ENSINO MÉDICO
O senador explicou que enquanto o Cinaem, em nove anos de existência, realizou três estudos de avaliação, a Comissão Interministerial dos Ministério da Educação e da Saúde ainda não apresentou o relatório que deveria ter concluído em 30 de outubro de 1997.
- Os resultados do Cinaem reafirmam a opinião dos especialistas em ensino médico e demonstram a realidade que salta aos olhos: estamos lançando na vida profissional um contingente de médicos mal preparados - afirmou Alcântara.
Segundo o senador, a partir de 1965, houve uma inversão no padrão de criação de escolas médicas no Brasil, quando as escolas privadas passaram a prevalecer sobre as públicas. Para Alcântara, isso não seria um problema se os estudos não demonstrassem o desempenho medíocre das escolas em relação a aspectos de estrutura político-administrativa e econômica, de infra-estrutura, de recursos humanos e de modelo pedagógico.
O senador disse que, de um modo geral, os professores auxiliares e assistentes são pouco preparados para o ensino, para a pesquisa e para as atividades administrativas em que se inserem. Ele citou o professor Irany Moraes, da Faculdade de Medicina da USP, para quem mesmo médicos conceituados não estão, na grande maioria das vezes, academicamente capacitados a ensinar.
Além disso, Lúcio Alcântara ainda apontou a limitada produção científica, a autorização de funcionamento de novas escolas médicas sem a imposição de condições e sem controle como a causa da situação em que esse encontra o ensino médico brasileiro, de acordo com os resultados da avaliação do Cinaem.
01/11/2000
Agência Senado
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