ALCÂNTARA CONSIDERA GRAVÍSSIMOS OS RESULTADOS DO PROVÃO
Para Alcântara, os resultados do "provão" exigem uma reflexão profunda. "Não podemos aceitar que o ensino seja, apenas, um bom negócio. O Senado tem obrigação de estabelecer padrões mínimos de qualidade. Temos o dever de intervir nessa questão, sem perda de tempo, logo no início do ano 2000", disse.
O senador pelo Ceará lembrou ter sido um entusiasta do "provão", desde o início. "Sou professor universitário, favorável à autonomia da universidade. Mas, sob pretexto de democratizar o ensino, não podemos aceitar a proliferação desenfreada de cursos, especialmente de medicina e engenharia, depois que a Lei de Diretrizes e Bases criou condições mais flexíveis de funcionamento", advertiu.
Ao concluir seu pronunciamento, Lúcio Alcântara disse que embora tenha havido avanços no ensino fundamental e no profissionalizante, o governo tem sido desatento em relação ao ensino universitário. "O "provão" não deve ser apenas um teste para os alunos, mas também uma maneira de aquilatar professores, instalações, currículos e tudo mais numa verdadeira radiografia da realidade universitária", defendeu.
14/12/1999
Agência Senado
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