Alcântara diz que é preciso preservar patrimônio natural do país



Ao destacar em discurso o Dia Nacional de Defesa das Florestas Brasileiras, comemorado no último dia 23 de maio, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) falou sobre a necessidade de preservação do patrimônio natural do país. Segundo ele, a relevância dessa questão para o Brasil não deriva apenas do tamanho das riquezas - o território nacional concentra um terço de todas as florestas tropicais do mundo e tem a flora arbórea mais diversificada do planeta -, mas também da constatação de que esse patrimônio "não se encontra, nem de longe, suficientemente protegido".

- Somente com o atendimento das necessidades das populações que habitam essas áreas será possível brecar o processo de devastação. É necessário levar-se sempre em conta que os recursos naturais não são inesgotáveis e que o atendimento das necessidades da geração atual não pode comprometer o potencial de suprir as necessidades das gerações futuras - afirmou o parlamentar.

Lúcio Alcântara citou estudo realizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF) em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), apresentado na 52º Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), segundo o qual as unidades de conservação, além de poucas, estão mal distribuídas pelo país.

De acordo com o parlamentar, o bioma (comunidade em região geográfica com um tipo de vegetação) brasileiro com maior percentual de área protegida é o sistema costeiro. Em segundo lugar, acrescentou, aparece o maior bioma brasileiro, a Amazônia. Com quase cinco milhões de quilômetros quadrados, que representam quase 60% do território nacional, a Amazônia tem apenas 3,6% de sua área sob conservação, informou Lúcio Alcântara.

- As oportunidades para o desenvolvimento sustentável das florestas brasileiras são múltiplas e excelentes, por isso é hora de optarmos com firmeza por essas alternativas inteligentes, abandonando, de uma vez por todas, o modelo falido que tinha como premissa para a exploração econômica a derrubada da mata. Desse modo, estaremos sendo fiéis a nosso compromisso maior com aqueles que virão depois de nós - concluiu o senador.

26/06/2001

Agência Senado


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