ALCÂNTARA FAZ APELO AO GOVERNO PELO CRÉDITO EDUCATIVO



O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) fez um apelo hoje (dia 25) ao governo em prol da institucionalização definitiva do Programa de Crédito Educativo (Creduc). Ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ele solicitou a abertura do processo de seleção para que novos contratos possam ser firmados. Segundo disse, o Creduc é um programa de grande dimensão social, pois viabiliza a formação, em nível superior, de milhares de brasileiros que, de outra maneira, não teriam como pagar seus estudos em uma faculdade.

Na opinião do senador, o Creduc é o caminho adequado para garantir que mais estudantes que concluem o ensino médio tenham condições de prosseguir seus estudos. Com cerca de 1,6 milhão de universitários, a maioria matriculados em escolas isoladas, o Brasil deveria, pelos padrões internacionais, ter "no mínimo de três a quatro vezes mais alunos nos cursos de graduação", disse.

Criado em 1970, "o Creduc jamais conseguiu se institucionalizar", conforme Lúcio Alcântara, dado que a boa vontade do Ministério da Educação não é suficiente para viabilizar o programa. Para o senador, é preciso que o Creduc "seja assumido, incondicional e integralmente, como um programa de governo", de modo que os ministérios da Educação, Fazenda e Planejamento e a Caixa Econômica Federal falem a mesma linguagem, direcionem seus esforços para a consecução dos mesmos objetivos e garantam, assim, a permanência e a regularidade do programa.

- O Congresso Nacional já fez sua parte. Todas as vezes em que foi chamado, não faltou ao seu dever, dando ao Creduc a cobertura legal de que carecia. Ainda agora tramita nesta Casa matéria da mais alta relevância referente ao crédito educativo, propondo critérios mais justos de alocação de recursos pelas regiões brasileiras - assinalou. O projeto busca corrigir distorções inaceitáveis, explicou, como a de o Creduc direcionar para as regiões Sul e Sudeste, detentoras dos melhores índices educacionais, 81% do total dos recursos do programa, cabendo ao Nordeste apenas 14%, ao Centro-Oeste, 3% e, ao Norte, 2%.



25/06/1998

Agência Senado


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