RONALDO DEFENDE CRÉDITO EDUCATIVO



O senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB) apelou ao governo federal para que o Ministério da Educação, os ministérios da área econômica e a Caixa Econômica Federal encontrem uma forma de fazer do crédito educativo uma ação permanente, sistematizada e com dotações orçamentárias compatíveis.

- Não há mais como conviver com essa situação de insegurança e instabilidade. O Brasil não merece que uma grande parte de sua juventude seja condenada à impossibilidade de cursar uma instituição de ensino superior - argumentou ele.

Na opinião de Ronaldo Cunha Lima, a prioridade a um determinado nível de ensino não pode significar a exclusão dos demais, e abandonar o ensino superior à própria sorte pode levar o Brasil a pagar um preço altíssimo por essa negligência. Ele disse que o número de brasileiros cursando uma instituição de ensino superior está muito aquém das necessidades brasileiras. E observou que, se é verdade que universalizou-se o acesso das crianças ao ensino fundamental, apenas 1% da população brasileira faz cursos superiores.

Conforme o senador, a grande maioria dos que estudam em instituições particulares é composta por pessoas de baixo poder aquisitivo, com sérias dificuldades para custear os estudos. O caminho para essa gente, na opinião de Ronaldo Cunha Lima, seria o crédito educativo que, bem estruturado, tem condições de financiar o estudo superior de milhares de brasileiros. Em sua opinião, é necessário que o crédito educativo seja efetivamente assumido como um programa de governo.



04/02/1998

Agência Senado


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