LÚCIO ALCÂNTARA LEMBRA DIA MUNDIAL DA ENFERMAGEM



O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) parabenizou todos os enfermeiros do Brasil pela passagem do Dia Mundial da Enfermagem e pelo Dia do Enfermeiro, em 12 último. Ele lembrou que a comemoração no Brasil é ainda mais ampla porque se festeja também a Semana da Enfermagem, celebrada de 12 a 20 de maio. "Desejo prestar minhas homenagens aos dedicados profissionais dessa área tão importante no quadro de ocupações do setor saúde", assinalou.

Alcântara explicou que as datas comemoram o nascimento de Florence Nightingale, considerada a criadora da enfermagem moderna, e o falecimento de Ana Nery, patrona dos profissionais dessa área, no Brasil.

- Nos dias atuais, às conhecidas dificuldades inerentes ao exercício da profissão, que expõe os profissionais da enfermagem ao contágio permanente com as mais variadas doenças, soma-se também a generalizada precariedade das condições de trabalho encontradas principalmente no setor público de saúde, com hospitais e postos de atendimentos sucateados, desaparelhados, sem medicamentos e com carência de pessoal - lembrou o senador.

Lúcio Alcântara disse que a enfermagem no Brasil começou a se firmar como profissão no início da década de 20, com o esboço da primeira política de saúde do Estado. Em 1923, continuou o senador, foi aprovado o Regulamento do Departamento Nacional de Saúde Pública, cujo interesse prioritário era o controle de grandes endemias, principalmente de febre amarela, objetivando a criação de condições sanitárias indispensáveis às relações de comércio exterior e ao êxito da política de imigração que, naquele momento, procurava atrair mão-de-obra estrangeira para o mercado de trabalho nacional.

Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), apresentados pelo senador, relativos a 1997, existem cerca de 566 mil profissionais da área, concentrados principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, sendo que os enfermeiros propriamente ditos são cerca de 77 mil.

- A categoria se ressente de uma política de saúde que privilegie verdadeiramente a enfermagem, inclusive na formação e na absorção de recursos humanos capacitados, e que permita aos nossos indicadores de relação de trabalho serem compatíveis com os indicadores definidos internacionalmente - advertiu o senador.

Conforme Lúcio Alcântara, esses indicadores seriam de três enfermeiros para um médico e de 3,5 auxiliares de enfermagem para um enfermeiro, segundo a Organização Mundial da Saúde, e de 4,5 enfermeiros e 14,5 auxiliares de enfermagem para cada dez mil habitantes, segundo os padrões definidos para as Américas em 1972.

- No Brasil, essa proporção é maior, revelando carências e, principalmente, desequilíbrio na distribuição dos profissionais da área pelas diversas regiões do país, com conseqüências negativas diretas na prestação dos serviços de saúde - afirmou.



15/05/1998

Agência Senado


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