Alerta na segurança de João Paulo







Alerta na segurança de João Paulo
Direção nacional do PT pede que prefeitos reforcem proteção para evitar atentados

A segurança pessoal do prefeito do Recife, João Paulo, está em alerta desde ontem em função do atentado sofrido na madrugada de anteontem pelo prefeito petista Geraldo Cruz, de Embu das Artes, município de São Paulo, e pelo secretário de Governo dele, Paulo Gianazzi. Por conta do atentado, a direção nacional do PT recomendou que todos os prefeitos do partido reforçassem sua segurança. Mas, apesar do estado de alerta, João Paulo disse que não contratará mais gente para protegê-lo.

Uma bomba explodiu na casa do prefeito de Umbu das Artes. O explosivo teria sido lançado na varanda superior do sobrado e destruiu a porta do quarto onde o prefeito dormia com a esposa e derrubou parte da laje da garagem. O casal sofreu ferimentos leves ao ser atingido pelos estilhaços. Quando era vereador pelo PT, Cruz fez, em 1999, denúncias contra o ex-prefeito e outros vereadores. A acusação resultou no afastamento de 18 parlamentares. Desde então passou a sofrer ameaças de morte.

João Paulo declarou que se for preciso não hesitará em procurar o Governo do Estado para pedir proteção. "Por enquanto não vemos necessidade. Sempre andei só, mas, diante do que vem acontecendo, terei mais precaução", afirmou o prefeito, acrescentando que a agenda do Congresso nacional do PT será mantida. O encontro será realizado a partir do dia 13 de dezembro, no Centro de Convenções, em Olinda.

O prefeito disse ontem que o PT não tem uma opinião formada sobre a autoria dos atentados contra filiados petistas, mas que o presidente nacional da legenda, deputado federal José Dirceu, está agendando uma audiência com o ministro da Justiça, Aluízio Nunes Ferreira, para resolver o problema. "Se o nacional avaliar que é importante minha presença eu irei".

Segundo João Paulo, o PT está tentando compreender o motivo de prefeitos e parlamentares petistas serem vítimas de assassinatos e atentados. "Uma organização de extrema direita, a FARB, que funciona em Campinas, assumiu a autoria da morte do prefeito Toninho. Mas não temos uma opinião formada de que hátantas organizações desse tipo por traz disso. A fachada da casa do prefeito de Cantaduva, em São Paulo, Felix Sayão, também recebeu quatros tiros".

Na avaliação do prefeito, é preciso fazer uma reflexão sobre segurança pública no Brasil. "Os efeitos da política econômica têm levado a essa violência. A irmão do vice-governador de Pernambuco foi seqüestrada recentemente", afirmou.


Itamar aceita adiar prévia para março
BRASILIA - O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, concordou com o adiamento da prévia para a escolha do candidato do PMDB à Presidência, marcada para 20 de janeiro. O acordo entre as diversas correntes da sigla para selar a decisão deve ocorrer em reunião na próxima terça-feira, em Brasília, com a presença dos candidatos inscritos - Itamar e Pedro Simon (RS).

A decisão de Itamar foi comunicada ao presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. A decisão atende a todos os segmentos peemedebistas, inclusive Itamar Franco, que passa por um momento desfavorável nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2002.

Desde o início, os setores governistas e senadores do PMDB consideravam um contra-senso a realização da prévia em 20 de janeiro. Isso levaria a sigla, a mais fragmentada da aliança governista, a ser a primeira a definir um nome à sucessão de Fernando Henrique Cardoso, enquanto o próprio PSDB não consegue se entender sobre quem será o seu candidato. A escolha do nome do PSDB é importante para a definição de rumos no PMDB.

Se for o ministro José Serra (Saúde), carrega a maioria governista que hoje controla a direção do partido; se for o governador do Ceará, Tasso Jereissati, que é hostil à sigla, a candidatura de Itamar Franco passa a ser digerível por setores mais amplos da legenda. Independentemente da escolha do candidato do PSDB, a possibilidade de o PFL lançar efetivamente a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, passou a ser levada a sério no PMDB.

Em princípio, a prévia do PMDB será realizada entre 24 e 31 de março de 2002. Isso dará tempo a todos os pré-candidatos para percorrer o País em campanha. É a intenção de Itamar, segundo integrantes de seu grupo, assim como a de Pedro Simon (RS). Michel Temer respirou aliviado com o acordo. Queria adiar a prévia, mas temia ser acusado de "golpista". Na reunião de terça-feira, Itamar deve propor a inclusão dos vereadores entre os eleitores da prévia.


Juiz suspende posse de suplentes
Câmara de Camaragibe passaria de 15 para 21 vereadores, atendendo a decisão do TER

Os seis suplentes de vereadores que no último dia 6 ganharam o direito de assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Camaragibe nem tão cedo deverão tomar posse. Ontem, o juiz-relator do processo que analisa recursos solicitados pela Câmara e Ministério Público contra a decisão (denominados de embargos declaratórios), Sérgio Marinho Falcão, suspendeu um despacho que seria publicado hoje. O documento determinaria o cumprimento do que foi decidido pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) - o juiz eleitoral do município estaria autorizado a diplomar os novos vereadores. A Câmara, que hoje tem 15 integrantes, passaria a contar com 21.

Falcão, que anunciou a decisão durante sessão do pleno do TRE, atendeu a um apelo do Ministério Público, feito pelo procurador do TRE, Miécio Cavalcanti. Lembrando da existência de recursos contrários à decisão ainda não julgados, o procurador ponderou que seria mais prudente não se autorizar a posse dos seis suplentes.

O advogado da Câmara de Camaragibe, Márcio Alves, comemorou a decisão. "Iria entrar com um recurso (agravo regimental) hoje (ontem) mesmo para tentar suspender o efeito do despacho. Agora, o objeto do recurso não existe mais", explicou.

O juiz Sérgio Falcão disse ontem, antes da sessão, que o julgamento dos recursos propostos pela Câmara (dois) e MP (um) só deve ocorrer em duas semanas. "Pedi vistas para que os autores da ação (suplentes) se pronunciem a respeito do embargo em três dias úteis". O despacho sai hoje. O julgamento será feito pelo pleno do TRE.

A Câmara de Camaragibe recorreu porque a posse dos novos vereadores - Carlos Antônio Janeiro Duran (PCdoB), Joel Lucas dos Santos (PL), Marta Maria de Souza Lapenda (PSL) e Maria José da Luz (PDT), Hermínia D'Oliveira (PPS) e Demócrito Honorato (PT) - trará problemas financeiros e físicos à Casa.

É que 69,83% dos R$ 128 mil que a Câmara recebe mensalmente de subvenção da Prefeitura (7% da receita do município) são gastos com pessoal. Com os novos vereadores, as despesas subirão para 84,51%, percentual bem superior ao limite de 70% determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O TRE permitiu a ampliação das vagas pelo fato de Camaragibe já contar com mais de 101 mil habitantes (são 128 mil).


Servidor adere ao PDV e fica sem salário
Noventa e seis funcionários da Câmara de Jaboatão dos Guararapes que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária lançado em agosto pela Casa não receberam ainda a indenização. Sem o dinheiro do PDV e sem os vencimentos de servidor, eles estão dependendo do dinheiro pago a quem é colocado em disponibilidade - situação em que foram "enquadrados" depois que assinaram o PDV. Porém, há dois meses o salário não sai. Resultado: tem gente que já teve telefone e luz cortados, por estar com as contas atrasadas.

"O prazo, segundo a lei do PDV, determina que em 30 dias a indenização deveria sair. Assinamos em agosto mas até agora, nada. Como o PDV não deu certo , fizemos um requerimento anulando a adesão, mas a Câmara não aceita. Se eles não pagam a gente porque não querem anular o PDV?", questiona uma servidora concursada, que trabalha há 28 anos na Câmara de Jaboatão.

A funcionária explica que, como a situação não está resolvida, ela e todas as outras 95 pessoas que aderiram ao PDV, tiveram de voltar para a relação dos postos em disponibilidade. Este grupo que ganhou na Justiça o direito de voltar ao trabalho, não vem recebendo o salário integral desde agosto. "Mas pelo menos eles recebem em dia. No nosso caso é pior. Voltamos a ter que ir à Câmara, mas não temos nem onde sentar. Temos que ficar circulando pelos corredores esperando a hora de bater o ponto".

Segundo ela, o ponto tem que ser batido para que não haja motivo para demissão por justa causa. "O problema é termos que gastar com passagem uma vez que não recebemos vale-transporte. Além disso, ficamos sabendo que o presidente da Câmara (Joaquim Barreto - PSC), já avisou que só vai voltar a pagar a gente em janeiro. Estamos sem dinheiro para nada", diz, acrescentando que a verba de gabinete dos vereadores, que em dezembro de 2000 era pouco mais de R$ 1 mil, subiu para R$ 5 mil em janeiro. "Enquanto isso o que temos direito, que é muito pouco, não é pago".

Barreto diz que a culpa pela demora do pagamento das indenizações é o Banco do Brasil, que está analisandoum empréstimo solicitado pela Câmara. "Mas tudo a que os servidores têm direito será pago", disse. Ele acredita que dentro de 20 dias o dinheiro deve estar sendo liberado. A verba (R$ 1,7 milhão) virá de uma linha de crédito que segundo, Barreto, é prevista pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele conta que não tem obrigação de pagar salários a quem assinou o PDV. "Fiz isso durante dois meses (agosto e setembro), mas agora não há mais recursos".


Artigos

Curiosidade de leitor
Tereza Halliday

Hoje, respondo às perguntas mais freqüentes dos meus leitores, acumuladas na minha Pasta de Idéias para artigos:

O que é analista de discurso?

É um profissional que avalia textos e falas, argumentos, vocabulários e estilos. Analisa mensagens em geral: discursos cerimoniais, campanhas publicitárias ou educativas, editoriais de jornais, relatórios, manifestos, notas oficiais, anúncios de candidatos ou produtos. A palavra "discurso", portanto não se refere apenas à peça de oratória. Designa a maneira como uma pessoa ou grupo se expressa. Já me pediram para analisar até cartas de amor. Às vezes, atuo como ghost writer, ou "redatora fantasma", escrevendo ou melhorando o texto de alguém, sob sigilo. Por dever de ofício, leio linhas e entrelinhas, ligo as antenas para texto e contexto. Se me encontrarem socialmente, lembrem-se de que só analiso em serviço.

Analista de discurso não tem o prestígio de um analista de sistemas e ganha bem menos, mas aprende muitosobre os sistemas sociais e a natureza humana. Às vezes, pareço médico de laboratório de anatomia patológica, lidando com espécimens nada saudáveis da produção verbal dos meus semelhantes. Às vezes, testemunho pérolas da palavra, que me dão gosto.

"Por que você se apresenta como jornalista e analista de discurso? Não é meio pomposo?"

Porque são duas designações factuais da minha formação profissional: estudei Jornalismo nas universidades Católica de Pernambuco e de Wisconsin (EUA) e fui redatora e colunista deste jornal. Estudei Análise de Discurso na Universidade de Maryland, para avançar na carreira de professora universitária (oh, otária!), onde me concentrei na área de ensino e pesquisa chamada Discurso Institucional.

Pomposo e inacurado seria apresentar-me como poeta ou escritora, cujo uniforme às vezes visto, mas não faz a minha identidade, nem o meu ganha-pão. Sou mesmo é ciclista tolhida, dançarina recolhida, patinadora impraticada, serena desesperada, calada do que ouço, curiosa do que vejo. Epítetos irrelevantes para cartão de visita.

"Afinal você é direita ou esquerda?"

Sou desconfiada. Eixos laterais tendem a emparedar o pensamento. "As mentes são como pára-quedas, só funcionam quando abertas". Não endosso correntes nem discrimino pessoas. Quando critico ou elogio é por indignação ou enlevo de quem acha mais importante o eixo vertical dos valores humanos: baixo-alto, indigno-digno, destrutivo-construtivo.

"Seu sobrenome inglês é porque você descolou um americano?"

Descolei um pernambucano, que me agüenta há mais de 30 anos. Meu sobrenome advém de um tetravô escocês chamado James Halliday, que emigrou para o Recife no Século XIX e aqui faleceu em 1856. Por genes recessivos recônditos herdei uma doença crônica: pontualidade britânica, pela qual me fazem pagar muitos chás de cadeira.


Colunistas

DIARIO Político

Ignorando os pedidos
Os deputados aliados a Jarbas Vasconcelos estão cada dia mais aborrecidos. Todos se queixando de que, passados três anos de Governo, continuam vivendo de promessas, o que dificulta o relacionamento com suas bases eleitorais. À medida que a eleição se aproxima, aumentam as reclamações dos parlamentares que, agora, acusam diretamente o governador de não atender aos seus pleitos, intensificando o conflito entre eles e os prefeitos dos municípios onde são votados. No Palácio do Campo das Princesas, essa questão é considerada grave e se admite que é uma ameaça real à aliança. Porque se na parte de cima da coligação PMDB/PFL/PSDB os caciques estão se entendendo, do meio para o fim a confusão só faz crescer. Até porque as ações realizadas pela administração estadual não são creditadas aos deputados e, ao mesmo tempo, eles são culpados pelas obras que não foram feitas. Muitos admitem que os secretários de Planejamento, José Arlindo, e de Saúde, Guilherme Robalinho, são responsáveis por esse quadro, porque não trabalham articulados com os políticos, mas não poupam os colegas federais, Carlos Eduardo Pereira e André de Paula, que, segundo eles, só se preocupam com seus próprios redutos no Interior, ignorando os pedidos que os estaduais fazem para suas áreas. Esse é um problema grande para Jarbas Vasconcelos resolver. Se não conseguir fazer isso até dezembro, tudo ficará mais complicado e ninguém se arrisca a dizer o que pode acontecer em 2002, um ano eleitoral.

O presidente FHC mudou de idéia: não vem mais para a inauguração da fábrica de medicamentos do Lafepe, segunda-feira, como foi anunciado. Por que desistiu da viagem, ninguém sabe

Verão

O horário de verão no Nordeste volta à pauta do ministro das Minas e Energia, José Jorge, na próxima terça-feira. Ele vai decidir se os nordestinos permanecem com uma hora adiantada ou não, depois de ouvir os governadores e empresários da região. Está quase virando brincadeira, essa história.

Julgamento

O TCU marcou para a próxima terça-feira o julgamento do processo que investiga possíveis irregularidades na duplicação da BR-232. Até lá, vai ser grande o suspense no Palácio do Campo das Princesas.

Invasão

Carlos Lapa (PSB) denunciou, ontem, na Assembléia, que o capitão Pires, de Carpina, permitiu que várias famílias invadissem o Centro Social de lá impedido que o mesmo fosse repassado para o município, pelo Estado. E afirmou:" Em nome de Jarbas Vasconcelos, ele faz horrores na cidade".

Aliança

Mendonça Filho tem andado aflito e com toda razão. Não bastasse a violência ter chegado bem pertinho dele, o vice-governador também está preocupado com o rumo que a aliança vai tomar em 2002 e com ele seu futuro político.

Nome

Sérgio Guerra diz que Jarbas Vasconcelos só indicará o nome do futuro comandante da Adene (ex-Sudene) se a instituição for criada com força e credibilidade. Aí o governador colocará lá o seu procurador geral, Sílvio Pessoa. Para alegria geral dos tucanos.

Pesquisa

Pedro Eugênio (PT-PE) foi nomeado vice-presidente da Comissão Especial que vai apreciar o projeto do Executivo que institui mecanismo de financiamento para o Programa de Biotecnologia e Recursos Genéticos-Genoma e outras providências na área de pesquisa e desenvolvimento.

Visita 1

José do Rego Maciel, ex- prefeito do Recife, está conhecendo as obras que têm apoio direto do seu filho, o vice Marco Maciel, e já visitou o Aeroporto dos Guararapes e o Metrorec.

Visita 2

As visitas têm acontecido sempre aos sábados e José do Rego Maciel, 93 anos, faz questão de ouvir detalhes sobre as obras, sempre acompanhado de Maciel e do secretário de Infra-estrutura, Fernando Dueire.

Roldão Joaquim é o novo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para 2002 e 2003. Ele foi confirmado para o cargo, ontem, e é o primeiro conselheiro a presidir o Tribunal por dois anos e não apenas por um ano, como os antecessores. O seu vice é Carlos Porto.


Editorial

Clonagem

O dia 25 de novembro deverá passar à História como aquele em que a ciência assustou o Mundo com a possibilidade de produzir um homem. É o que se deduz do alvoroço em escala planetária causado pela clonagem de um embrião humano nos Estados Unidos. A reação quase generalizada foi de condenação à experiência. O Vaticano, governantes de vários países, líderes religiosos e cientistas receberam a novidade com perplexidade e protestos.

Outras vozes menos barulhentas acolheram a iniciativa sem grande espanto. Admitem que sua utilização poderá produzir terapias válidas contra moléstias hoje incuráveis, embora se oponham à hipótese de o experimento, por meio da clonagem, avançar sobre a criação da própria vida.

Nos meios científicos há poucas dúvidas de que a retirada de células-tronco de embrião humano ensejará a criação de outras células de amplo espectro terapêutico. Doenças como o mal de Alzheimer, câncer, paraplegia e infarto poderiam obter cura com semelhante técnica.

A empresa Advanced Cell Technology, deMassachusetts, anunciou a sua polêmica conquista com evidente interesse em causar o maior impacto possível na opinião mundial. Serviu-se, em primeiro lugar, das páginas da revista US News and World Report, uma das maiores dos Estados Unidos. Não se trata, porém, de publicação científica, onde por regra são divulgados os eventos do gênero. Só um obscuro magazine científico, The Journal of Regenerativ Medicine, mereceu as honras de divulgar o feito.

Se os cientistas José Cibelli, Robert Lanza e Michael West, autores da proeza biotecnológica, pretendiam ampará-la na repercussão favorável do Mundo, não fizeram mais que descaracterizá-la como façanha destinada ao consumo escandaloso da mídia. E, assim, armaram um cenário trabalhado por preocupações, ceticismos e conflitos entre especialistas e leigos.

O cerne da questão permanece objeto de avaliações precipitadas nos universos científico, político, ético e religioso. A manipulação de embriões humanos sugere debates sujeitos a elevado grau de controvérsia. Começa pela indagação de saber se devem ser produzidos em laboratórios e clonados a partir de células humanas.

Há os que condenam a técnica por enxergá-la como violência a um ser vivo e humano. Mais ainda, por temerem abrir espaço à própria criação do homem por outro homem. Muitos, contudo, consideram o avanço da biotecnologia aplicável à clonagem de embriões fator decisivo para livrar milhões de pessoas de moléstias incuráveis.

Parece soada a hora para um compasso de espera antes que a questão possa alcançar ponto de convergência diante de tantas dúvidas morais, científicas e filosóficas. Só a discussão orgânica e articulada em nível mundial, com afluência das agências internacionais de saúde e ciência, governos e instituições interessadas, atribuirá dimensão humana e civilizada às experiências da biotecnologia. Ou, em último caso, descartá-las em relação aos seres humanos.


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11/29/2001


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