Almeida Lima anuncia que representará contra Edson Vidigal no CNJ



O senador Almeida Lima (PMDB-SE) anunciou que entrará nesta quinta-feira (23) com representação disciplinar contra o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, junto ao Corregedor do Conselho Nacional de Justiça, ministro Antônio de Pádua Ribeiro, também do STJ. O parlamentar alega que Vidigal vem exercendo atividade político-partidária, expressamente proibida a magistrados pela Constituição federal.

Almeida Lima leu diversas matérias publicadas pela imprensa do país inteiro, segundo as quais Vidigal, em entrevista a uma televisão no município de Imperatriz (MA) no último fim-de-semana, teria anunciado sua candidatura ao governo do Maranhão pelo PSB e expressado que terá o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do atual governador do estado, José Reinaldo Tavares. O senador disse que o presidente do STJ deu péssimo exemplo aos magistrados e considerou a atitude do ministro "uma aberração jurídica".

- Por não me considerar submisso e ter considerado a atitude do ministro indigna, representarei contra ele ao ministro-corregedor do Conselho Nacional de Justiça. Ele não poderia exercer atividade político-partidária. Se tivesse a pretensão de candidatura, deveria ter aguardado o afastamento do poder Judiciário antes de dar entrevista - disse.

Em virtude do anúncio da pretensão de sua candidatura, o senador colocou ainda sob suspeição as liminares concedidas por Edson Vidigal que suspenderam as prévias do PMDB no último domingo. Para o parlamentar, o ministro foi de encontro às regras do Código de Processo Civil, que proíbe juízes a decidirem em causas de interesse próprio.

22/03/2006

Agência Senado


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