Almeida Lima volta a criticar caos nos aeroportos e companhias aéreas



Em pronunciamento nesta quarta-feira (15), em Plenário, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) lembrou que, em artigo lido da tribuna no dia 20 de julho do ano passado, 75 dias antes do choque entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, já alertava para a crise no setor aéreo do país, apontando falhas na manutenção preventiva e na capacidade operacional das companhias aéreas. O senador lamentou que seu alerta não tenha sido levado em consideração e disse esperar que os fatos danosos que se seguiram sirvam de alerta às autoridades.

- Essas empresas de aviação precisam ser regiamente fiscalizadas e punidas para que cumpram ordens de serviço no atendimento do interesse público - disse, cobrando respeito das autoridades aos usuários.

No artigo lido em Plenário em julho do ano passado, Almeida Lima informava que os passageiros vinham sofrendo com a insegurança e a total falta de respeito por parte das companhias aéreas. Ele afirmava que as companhias aéreas estavam sem capacidade operacional nos aeroportos e em suas aeronaves, pondo em risco a vida de milhões de usuários. O artigo assinalava ainda que "as aeronaves estão em permanente uso para atender à demanda, sem as regulares paradas para manutenção preventiva". Também sustentava que as tripulações estavam trabalhando com excesso de carga horária.

Em outro ponto do pronunciamento, Almeida Lima criticava os atrasos dos vôos, atribuindo o problema, entre outras razões, aos serviços de manutenção de emergência, que deixavam as aeronaves nos pátios aguardando a conclusão dos serviços para o embarque, por não haver suficiente de aviões para cumprir as escalas.

Os atrasos, dizia o senador, também ocorriam pela falta de tripulação, havendo casos em que era preciso esperar até mais de uma hora para que a tripulação fosse transportada de outros estados para atender à demanda do serviço. Além disso, apontava também a falta de pessoal de apoio, o que acarretava, entre outras coisas, demora na restituição da bagagem.

O pronunciamento também criticava a atuação da Empresa de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): "Não punem, não fiscalizam. O que existe é um conluio, pois tenho conhecimento de que funcionários públicos, para fecharem os olhos, diante da omissão na prestação dos serviços, recebem, como prêmio, passagens aéreas para si e seus familiares", afirmou Almeida Lima.



15/08/2007

Agência Senado


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