Alvaro Dias analisa lição das urnas



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) fez nesta quinta-feira (4) uma análise do que chamou de "lição das urnas", afirmando que o sistema eleitoral brasileiro é vitorioso, mas que é preciso, ainda, fazer a reforma política.

- Se não fizermos a reforma política, o povo, através do voto, a faz - afirmou. Para o senador, as eleições municipais também revelaram dois partidos fortes: "o PT, que significa o continuísmo em 2006, e o PSDB, a opção inteligente de mudança".

- Eleger 411 prefeitos é um resultado pífio num cenário de mais de 5.500 municípios. Houve um julgamento e uma condenação ao comportamento do governo petista. Voto de confiança é no início do mandato. Depois de um certo tempo, não vale criar novas expectativas, assumir outros compromissos. Tem que apresentar resultados - declarou.

A eleição no Paraná também foi analisada pelo senador, que destacou a vitória de Beto Richa em Curitiba.

- As maquinações da hora não produziram efeito positivo e venceu Beto Richa, que não foi candidato de nenhuma administração, municipal, estadual ou federal. Ele extrapolou minha expectativa pela maturidade política que mostrou - afirmou.

 Alvaro Dias disse que foi assustador ver a campanha milionária do PT.

- Na última semana, foi um grande artista por dia. É impossível uma campanha razoavelmente honesta ter esse montante de gastos. Usaram a Itaipu bi-nacional, que não concorre com ninguém no mercado, contratando três agências de publicidade e patrocinando um programa de televisão, apresentado por um deputado que renunciou em favor de um candidato do PT em Ponta Grossa - frisou.

O senador Mão Santa (PMDB-PI) cumprimentou o PSDB pela vitória na eleições e disse que a democracia deve render homenagem à "resistência parlamentar" comandada pelo líder do partido, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

- Isso aqui estava virando uma Cuba e a resistência parlamentar foi aqui, onde o PSDB foi extraordinário e escreveu a mais bela página da resistência - afirmou.

O senador Arthur Virgílio relatou que, junto com sua família, sofreu agressões dos petistas quando esteve em Curitiba durante a campanha eleitoral. Ele disse que o PT abriu mão do tradicional vermelho e plagiou as cores do PSDB.

- Os petistas de Curitiba estão no divã, porque querem ser tucanos. Tentaram pegar carona no prestígio do PSDB pensando que estava nas cores - brincou.



04/11/2004

Agência Senado


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