Alvaro Dias conta com pressão do país na votação da regulamentação da Emenda 29



O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), confia na pressão da sociedade, principalmente dos prefeitos municipais, para convencer o Plenário a aprovar, na tarde desta quarta-feira (07), a proposta de regulamentação da Emenda 29 nos termos em que, em 2008, foi aprovada no Senado, elevando em cerca de R$ 35 bilhões a parcela da União destinada à saúde.

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O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) aposta exatamente na maioria da bancada governista para preservar o texto votado, há três meses, pela Câmara. Mas Alvaro Dias confia na sensibilidade dos políticos aos apelos oriundos da sociedade.

- Nossa estratégia é contar com essa pressão que está vindo de todo o país, de prefeitos, de entidades de saúde, fazendo apelo aos senadores para que votem o texto do Senado, garantindo mais dinheiro para a saúde. As confederações, federações, prefeitos e outros organismos estão procurando os senadores. O governo tem essa diferença enorme em Plenário. Sabemos que é difícil reverter essa expectativa traduzida pela maioria governista, mas há uma pressão em cima da Casa - argumentou o líder tucano.

No início da tarde desta terça-feira (06), o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), anunciou seu propósito de retirar o pedido de urgência para que o projeto de regulamentação da emenda 29 fosse votado logo. Romero Jucá chegou a defender a ideia de se criar uma comissão, no início de 2012, para em 60 dias encontrar uma solução capaz de garantir "um reforço" nos recursos para a saúde.

Ao longo da votação do Código Florestal , contudo, veio a mudança de ideia, conforme conta o próprio Alvaro Dias.

- O Jucá veio me comunicar que estavam decididos a votar a emenda 29 logo. Eles fizeram as contas e acharam que vão ter maioria. Ele achava que a retirada da urgência para votação do projeto seria um desgaste enorme, e que submeter a urgência a votação não teria um resultado muito diferente da votação logo do mérito da matéria. Estão apostando nisso. Nossa estratégia agora é contar com a pressão que está vindo de todo o país - afirmou Alvaro Dias na manhã desta quarta-feira (07).

O que o líder do PSDB chama de "projeto à imagem e semelhança do governo" é o PLS 121/2007, um substitutivo aprovado na Câmara ao projeto de autoria do ex-senador Tião Viana (PT), atual governador do Acre. Viana propunha que a União despendesse 10% da sua receita bruta corrente com a saúde. Esse percentual equivaleria hoje a R$ 35 bilhões, segundo estimativas do governo.



07/12/2011

Agência Senado


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