Alvaro Dias critica aumento de juros



A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar os juros básicos da economia de 16% para 16,25% ao ano foi criticada pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) nesta quinta-feira (16). A medida, na avaliação do senador, vem na contramão do "pífio" crescimento econômico alardeado pelo governo e que, observou, está muito aquém do verificado em  países emergentes.

Alvaro afirmou que a retomada nas contratações serviu para baixar o custo da folha de salários das empresas. Segundo ele, 54,3% dessas contratações foram feitas com remuneração de um salário mínimo a um salário mínimo e meio. O senador alertou para o risco de o aumento dos juros promover demissões.

- O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que não sabe onde os juros vão parar, como se comportará a demanda depois desse aumento e como vão ficar os postos de trabalho - relatou.

Alvaro  lamentou o fato de que o Brasil se mantenha na segunda posição entre os países com as taxas mais altas do planeta, próximo à Turquia, campeão dos juros mundiais. Além de criticar o que classificou de "insensibilidade" do Copom, o senador advertiu para a disposição do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, divulgada pela imprensa, de aumentar a meta do superávit fiscal de 4,5% para 5% em função do melhor desempenho da arrecadação federal.

- Essas são atitudes que desestimulam o crescimento da economia - sublinhou.



16/09/2004

Agência Senado


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