Alvaro Dias critica estratégia de Lula no encontro do G-8



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse nesta terça-feira (18) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falhou ao utilizar-se apenas de retórica e ao empreender "estratégia messiânica" na reunião do grupo dos países mais industrializados do mundo e a Rússia (G-8), que terminou nesta segunda-feira (17) em São Petersburgo. De acordo com o parlamentar paranaense, Lula voltou "de mãos vazias", sem conseguir repercussão e apoio para a sua proposta de liberalização comercial eincentivo aos combustíveis alternativos.

- Lula só colheu um elogio à sua silhueta feito pelo presidente George Bush - ironizou Dias.

O plano do governo brasileiro era obter repercussão à sua tecnologia em álcool e biodiesel, em relação a qual haveria o interesse de diversos países por causa da necessidade de diminuir as emissões de carbono. No entanto, os erros do governo brasileiro também diriam respeito a questões de liberalização do comércio, com a diminuição dos subsídios agrícolas pagos pelos Estados Unidos e pela Europa.

Para o senador, a diplomacia brasileira apostou em quedas-de-braço nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e não apoiou a candidatura do uruguaio Carlos Perez Del Castillo à Direção Geral da OMC.

- O Brasil não colheu porque não semeou - resumiu o parlamentar.

Segurança

Alvaro Dias também criticou a política de segurança pública do governo Lula, que, no entender dele, cooperou enormemente para a explosão da criminalidade, inclusive dos ataques ao aparato público. Segundo o senador, o governo deixou de aplicar soma considerável recursos do orçamento, no que foi apoiado pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL).

O senador citou dados divulgados pela emissora Globonews indicando que a população carcerária do Brasil dobrou em dez anos, e que a de São Paulo dobrou em seis anos. Em 1998, registrou o senador, havia um funcionário carcerário para cada 2,3 presos e em 2004, havia um funcionáriopara 4,7 presos.

Durante seu discursos, ainda, Alvaro Dias leu carta conjunta do Conselho da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa de São Jorge de Curitiba e da Sociedade Beneficente Muçulmana Paraná-Curitiba endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo. No documento, os religiosos pedem solidariedade ao Líbano em função dos ataques que aquele país vem sofrendo de Israel. Após o pronunciamento de Alvaro Dias, Renan Calheiros disse que "nada justifica a guerra".

18/07/2006

Agência Senado


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