Alvaro Dias critica o governo por desrespeitar compromissos assumidos
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou o governo, nesta segunda-feira (10), por desrespeitar compromissos assumidos, especialmente com relação a obras não realizadas. Segundo o senador, dos R$ 130 bilhões, que seriam destinados para obras neste ano, apenas R$ 22 bilhões foram aplicados, o que equivale a 17%.
- Nós ficamos na dúvida porque, em determinados momentos, ouvimos que faltam recursos, que os recursos são escassos, mas nós ouvimos ministros afirmando que os recursos existem – disse, em referência a entrevista do ministro do Turismo, Gastão Vieira, ao prograna Fantástico, da Tv Globo,no último domingo.
Para o senador, a declaração do ministro foi um reconhecimento de que os recursos existem e que as obras não são realizadas por incompetência do governo. Alvaro Dias lembrou que, todos os anos, ministérios devolvem ao Tesouro Nacional recursos que não foram gastos, sinal de que compromissos não foram cumpridos.
- Não podemos quantificar o prejuízo quando se trata da perda de seres humanos, como vimos ontem [domingo], na televisão, um pai afirmando que se a obra tivesse sido concluída no tempo prometido sua filha poderia estar viva. Enfim, essa é uma questão que afeta todos os brasileiros, certamente – lamentou.
Alvaro Dias também criticou a “deterioração das contas públicas”, com desonerações e empréstimos concedidos pelo governo. O senador citou o alerta do economista Mansueto de Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta desequilíbrio causado pela “agenda de curto prazo" do governo. Essa agenda de curto prazo, na opinião do parlamentar, tem como objetivo as próximas eleições.
Além dos gastos excessivos, com redução da meta de superávit primário, Alvaro dias citou outros problemas porque passa a economia no Brasil, como a inflação em alta, o crescimento do déficit em conta corrente; os atrasos no cronograma de concessões das rodovias e ferrovias; e a redução no saldo da balança comercial. A recuperação lenta da indústria, a valorização do dólar e o baixo crescimento do produto interno bruto (PIB) também foram listados pelo senador.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) concordou com o colega no que diz respeito à preocupação com declarações recentes de ministros sobre as obras do governo.
10/06/2013
Agência Senado
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