ÁLVARO DIAS DEFENDE COOPERATIVAS QUE OFERECEM CRÉDITO POPULAR
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu a revisão de resolução do Banco Central que limita a atuação das cooperativas do tipo luzzatti (que oferecem crédito popular). Ele teme que a medida inviabilize a atuação deste tipo de entidade e espera que o governo aprofunde os estudos e encontre uma fórmula para que a decisão possa ser revista.A resolução do Banco Central que o senador pelo Paraná pretende revogar, publicada em 27 de maio de 1999, estabelece um prazo de dois anos para que as cooperativas luzzatti se amoldem ao regulamento vigente, que permite apenas a existência de cooperativas fechadas.Dias registrou a preocupação da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) com a decisão do governo. Ele explicou que as cooperativas do tipo luzzatti, ou sistemas de créditos populares, foram constituídas na Itália pelo senador e secretário-geral da Agricultura, Luigi Luzzatti. Ele defendia a idéia de que o desenvolvimento do crédito popular não poderia ser considerado separado da evolução econômica e social do país.Citando documento que recebeu dos presidentes da Ocepar, João Paulo Koslovski e da Aliança Cooperativa Internacional, Roberto Rodrigues, Álvaro Dias afirmou que as cooperativas Luzzatti vêm prestando importantes serviços ao país, especialmente às pequenas comunidades do interior, onde a rede bancária tem pouca ou nenhuma presença, e também às populações de baixa renda das grandes cidades.Na opinião das entidades representativas das cooperativas, manifestada na carta recebida por Álvaro Dias, que também foi endereçada a outras autoridades como o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso, impedir o funcionamento das cooperativas Luzzatti indica que há um sentimento contra o livre empreendimento cooperativo no setor financeiro.
02/02/2000
Agência Senado
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