Álvaro Dias vai propor ação popular contra a venda da Copel



O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) proporá uma ação popular, junto ao Poder Judiciário do Paraná, para impedir a privatização da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). Ele entende que a decisão do governo paranaense de vender a empresa é lesiva aos interesses da população. "Em pesquisas de opinião, 94% dos entrevistados se manifestaram contrários à venda e irei até as últimas conseqüências para defender seus direitos", garantiu.

Segundo o senador, a população fica mais pobre a cada privatização equivocada, como é o caso da Copel, que estará sendo vendida por menos da metade de seu valor real. Ele se manifestou favorável à venda de empresas estatais ineficientes e sem recursos para investir, mas totalmente contrário à alienação de empresas rentáveis e competitivas como é o caso da Copel, principalmente se for para o capital estrangeiro.

Ele traçou um perfil da Copel, enfatizando seus programas sociais de bolsas de trabalho, oferecimento de estágios, apoio a deficientes, alfabetização e redução de tarifas entre 33 e 65% da tarifa normal para populações de baixa renda e entidades que abrigam crianças e idosos carentes ou deficientes.

Para Álvaro Dias, a empresa constrói suas usinas hidrelétricas e termelétricas com preocupação ambiental e investe na formação técnica de seus empregados e executivos. "Gostaria de saber se uma multinacional, ao comprar a Copel, manterá esses programas de aprimoramento de mão-de-obra e atendimento a populações carentes. A única preocupação do capital estrangeiro é maximizar seus lucros", ressaltou.

Em aparte, o senador Iris Rezende (PMDB-GO) elogiou a insistência com que o senador paranaense tem-se posicionado contra a venda da Copel. "Assim que o edital de venda das Centrais Elétricas de Goiás for publicado, também pretendo lutar contra essa medida, por entender que a empresa é patrimônio relevante do povo goiano. Um dono estrangeiro não terá compromisso com a população, somente com sua matriz no exterior", argumentou.

03/09/2001

Agência Senado


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