Alvaro Dias defende indiciamento de auxiliares de Lula
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu nesta terça-feira (13) que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos inclua o pedido de indiciamento do diretor-presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e do chefe do gabinete pessoal do presidente Lula da Silva, Gilberto Carvalho, conforme o voto em separado que apresentou.
- Para aquilo que se investigou, é preciso uma conclusão, é preciso ter conseqüências. Não é o momento de discutir se há ou não fato determinado. Na investigação política, é até possível prescindir de provas materiais, mas nesse caso há muitas provas materiais e confissões - afirmou.
Alvaro Dias disse que a necessidade de inclusão dos nomes de Paulo Okamotto, José Dirceu eGilberto Carvalho no relatório final se deve "à participação comprovada" dos três no esquema de corrupção que existiu na prefeitura de Santo André (SP) e que levou aos assassinatos do então prefeito Celso Daniel e do então prefeito de Campinas (SP), Toninho do PT.
- Também pela posterior articulação política para construir uma versão para o crime. Em conversas gravadas pela Polícia Federal, eles estabelecem uma estratégia, monitoram testemunhas e fazem alusão ao conhecimento do presidente Lula sobre a operação. Lula era comunicado e consultado - relatou.
Alvaro Dias também respondeu ao ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que propôs a criação de uma CPI para investigar as privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso. O senador afirmou que foi o presidente Lula quem utilizou todos os meios para não deixar instalar a CPI requerida em março de 2005 pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) para investigar as privatizações.
- Foi o governo que não desejou a instalação dessa CPI. Espero que Tarso Genro peça ao presidente Renan Calheiros para que marque a data da eleição do presidente da CPI, pois todos os membros já foram indicados, a fim de começar os trabalhos. Quem quer a investigação somos nós - concluiu.
13/06/2006
Agência Senado
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